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Brasil joga por triunfo inédito
País precisa ganhar pela 1ª vez diante de europeus em quadra coberta para voltar à elite da Davis
Fora do Grupo Mundial desde 2003, brasileiros são
azarões contra a Croácia, que conta com tenistas mais bem ranqueados, em Zadar
Marcelo Ruschel/ Divulgação
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Zwetsch, Costa, Melo, Sá, Bellucci e Alves após o sorteio dos jogos contra a Croácia, em Zadar
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Fora da elite da Copa Davis
desde 2003, o Brasil vai precisar de um feito inédito se quiser
voltar ao Grupo Mundial do
principal torneio entre países
do tênis no ano que vem.
Em uma quadra rápida e coberta em Zadar, o Brasil é o azarão no confronto com a Croácia
pela repescagem da Davis.
Além de contar com o apoio
da torcida, jogadores mais bem
posicionados no ranking mundial e condições de jogo mais favoráveis aos seus tenistas, a
Croácia tem também ao seu lado o aspecto histórico.
O Brasil nunca conseguiu
vencer um adversário europeu
em ambiente fechado.
Desde que o atual formato de
disputa da Davis foi adotado,
em 1981, o Brasil disputou 15
confrontos em quadra coberta
e venceu somente cinco.
A derrota que selou sua queda para a segunda divisão após
sete anos consecutivos na elite
da competição aconteceu em
quadra coberta, em 2003.
O Canadá, que não contava
com nenhum tenista entre os
200 melhores do mundo em
simples, aproveitou bem a escolha do carpete indoor para
marcar 3 a 2 no Brasil, que dispunha até de um ex-líder do
ranking, Gustavo Kuerten.
Com Guga em ação, o Brasil
chegou a equilibrar alguns confrontos indoor na elite da Davis. Contra a França, em 1999, e
a Suécia, em 2003, o placar terminou 3 a 2 para os anfitriões.
Com a aposentadoria do tricampeão de Roland Garros, o
principal nome do Brasil é Thomaz Bellucci, 78º do mundo.
Ele abre o confronto, às 9h,
contra Mario Ancic, ex-top ten
e atual 31º, e reconhece o favoritismo dos anfitriões.
"Todo mundo sabe que é um
confronto difícil. Eles têm melhor ranking e estão jogando
em casa", afirmou o brasileiro.
"Se conseguirmos jogar bem,
temos alguma chance de ganhar. A obrigação de vencer é
toda deles", completou.
Ancic era dúvida para a disputa de simples. Marin Cilic
tem ranking melhor do que o
dele (22º), mas foi cortado por
causa de um problema facial.
Além disso, Ancic ficou afastado do circuito por dois meses
por problemas físicos.
"Treinei nas duas últimas semanas. Estamos treinando forte aqui em Zadar e estamos
prontos para mostrar isso."
Na seqüência, o gigante Ivo
Karlovic, 14º do ranking e 2,08
m, enfrenta Thiago Alves, 127º.
O brasileiro diz estar ansioso
para sua estréia no torneio.
"Normal para quem estréia,
mas estou jogando bem, passando pelo meu melhor momento na carreira", afirmou Alves, que jogou bem contra Roger Federer na segunda rodada
do Aberto dos EUA, mas acabou derrotado por 3 sets a 0.
Nas duplas, o capitão croata,
Goran Prpic, surpreendeu o
Brasil ao escalar Roko Karanusic e Lovro Zovko para enfrentar Marcelo Melo e André Sá
amanhã. Zovko é atualmente o
54º colocado do ranking de duplas e só foi convocado para ser
o substituto de Cilic.
"Mas eles ainda podem mudar até uma hora antes do confronto. Acho que eles vão esperar o placar para decidir quem
joga", afirmou o capitão do Brasil, Francisco Costa.
NA TV - Croácia x Brasil
Sportv 2, ao vivo, às 9h
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