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Rio anuncia R$ 2,2 bi para gastar em 2 Jogos
Governos já têm caixa de R$ 1,2 bi para aplicar caso a cidade seja sede olímpica
Jogos Mundiais Militares, que serão realizados na capital fluminense daqui a dois anos, vão consumir mais R$ 1 bilhão da União
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
A duas semanas da escolha
da cidade-sede dos Jogos de
2016, os governos federal, estadual e municipal anunciaram
que têm assegurados R$ 2,2 bilhões para investir em eventos
esportivos no Rio de Janeiro.
O anúncio foi feito durante o
lançamento dos Jogos Mundiais Militares de 2011, que será
realizado na cidade e custará
aos cofres federais R$ 1 bilhão.
Essa verba será desembolsada basicamente pelo Ministério da Defesa. Parte será aplicada na construção de três vilas
para os atletas e de arenas. Os
Jogos reunirão mais de 5.000
atletas de cerca de 110 países.
O restante da verba já foi assegurado aos integrantes do
COI (Comitê Olímpico Internacional) em caso de vitória da
candidatura brasileira aos Jogos Olímpicos de 2016.
Em documento, os três níveis de governo (federal, estadual e municipal) garantiram
que vão liberar US$ 692 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão)
para criar o comitê organizador
local no dia seguinte ao anúncio da cidade vencedora.
No dia 2, os integrantes do
COI vão escolher a sede em Copenhague, na Dinamarca. Além
do Rio, Chicago, Madri e Tóquio são candidatas.
"Estamos dando uma demonstração clara de planejamento a longo prazo e de garantias para a realização dos Jogos
de 2016. O comprometimento
dos governos é importante para
o nosso sucesso", afirmou o secretário-geral da Rio-2016,
Carlos Roberto Osório, que embarcou ontem para a Europa,
onde permanecerá até o dia da
escolha da cidade-sede.
De acordo com o secretário-
-geral, a verba será repartida
igualmente entre as três esferas de governo e utilizada ""para
implementar as ações do órgão
nos próximos anos".
Lanterna na primeira avaliação do COI, há cerca de um ano,
o Rio reagiu e se igualou aos
concorrentes no segundo e definitivo relatório do comitê, divulgado no início do mês.
O documento da comissão de
inspeção manteve críticas à infraestrutura do Rio, mas a candidatura carioca superou rivais
em apoio popular, qualidade do
dossiê e aval dos governos.
O bom desempenho da economia brasileira é um dos trunfos da campanha carioca para
sensibilizar os integrantes do
COI. A organização da Rio-
-2016 seria basicamente feita
com recursos públicos.
Já EUA, Espanha e Japão
contam com a iniciativa privada como maior parceira. A economia dos três países está em
crise. Em agosto, o governo japonês anunciou que a taxa de
desemprego no país atingiu em
julho 5,7%, a maior desde o fim
da Segunda Guerra (1939-45).
"Não existe favoritismo. Temos que trabalhar até o último
momento e manter a humildade e o pé no chão", disse Osório,
que já visitou os cinco continentes nos últimos meses.
Na primeira rodada da eleição para a escolha da sede de
2016, 97 eleitores votarão. Se
uma cidade não conseguir a
maioria dos votos, a última colocada será eliminada, e uma
nova rodada será realizada. Podem ocorrer até três turnos.
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