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Novo troféu pode sair de circulação neste ano
DA REPORTAGEM LOCAL
"O troféu representativo do
Campeonato, instituído em 1993,
denomina-se Campeão do Brasil,
cuja posse definitiva será assegurada à associação que o houver
conquistado por três vezes, consecutivas ou alternadas."
Eis o artigo 5º do capítulo 2 do
regulamento do Campeonato
Brasileiro deste ano. Corinthians,
Palmeiras e Vasco podem, portanto, garantir neste ano a posse
eterna da atual taça do Nacional,
uma peça de metal mais alta e esguia que o "troféu das bolinhas".
Os corintianos, que estão na zona de classificação, e os palmeirenses, que figuram na zona de rebaixamento, venceram o Brasileiro duas vezes desde que a nova taça foi instituída. Os vascaínos, que
também lutam contra o rebaixamento, ganharam o Brasileiro de
1997 e a João Havelange em 2000.
Apesar de a Copa JH ter sido organizada pelos clubes, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, admitiu reconhecê-la como Nacional. Eurico Miranda, presidente
vascaíno, garante que o título não
pode ser contestado. "O Vasco foi
proclamado campeão nacional.
Vamos buscar a taça", disse.
Se vencesse o Brasileiro deste
ano, o Vasco poderia pleitear a
posse definitiva não só da taça
deste ano mas também do troféu
original do Brasileiro -assim como o Palmeiras. Além de Corinthians, Palmeiras e Vasco, Botafogo, Grêmio e Atlético-PR venceram o Nacional e ergueram a nova taça -eles precisariam ainda
de mais duas conquistas para ficar em definitivo com o troféu.
Pela tabela do Brasileiro, que
mostra Palmeiras e Vasco longe
das primeiras posições, e pela
"maldição da Copa do Brasil"
-jamais um time campeão do
torneio venceu no mesmo ano o
Brasileiro-, as chances de que o
novo troféu da CBF continue circulando pelo Brasil é grande.
Em todo o caso, a possibilidade
de ficar com um troféu definitivamente anima os postulantes.
"Nós traçamos uma meta após
ganharmos a Copa do Brasil, que
era ganhar o Brasileiro, e não o
deixar em segundo plano, como
fizeram alguns times que já estavam na Libertadores. Com essa
questão da taça então, temos mais
um grande motivo para ganhar o
Brasileiro", disse Antonio Roque
Citadini, vice de futebol do clube.
O dirigente acha que o destino
da taça original é incerto, mas admite no futuro lutar por ela. "A
questão da outra taça é mais complexa. Os clubes reconheceram o
Flamengo campeão, mas a CBF,
não. Não sei se a Justiça resolverá
isso, mas no futuro nós compramos outra briga." O Corinthians
precisaria vencer mais dois Brasileiros para pleitear esse troféu.
Mustafá Contursi, presidente
do Palmeiras, usará a taça para
dar mais ânimo a seu grupo. "Lamento a situação em que estamos
na tabela, mas temos um grande
elenco. Vou passar para eles [jogadores e comissão técnica] que
podemos ganhar em definitivo a
taça. Isso vai motivar o grupo."
Se a nova taça for entregue a um
clube, a CBF terá que criar outro
troféu para 2003.
(RBU E LR)
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