DA REPORTAGEM LOCAL

Maior esperança do país para a conquista de um inédito pódio hoje na prova que elege a ginasta mais completa do Mundial de Aarhus, Laís Souza tem recorrido à internet e a massagens na Dinamarca para suportar os desgastes físico e emocional.
"Uso a internet para falar com meus pais, para matar saudades e buscar força também. Já as massagens são para manter os músculos no ritmo e relaxar", diz Laís.
Para a final do individual geral de hoje, ela irá competir com outras 23 ginastas, entre elas Daniele Hypólito. E terá que se superar caso queira ir ao pódio, já que chega à final com a quinta melhor pontuação da 1ª fase.
"Tenho chances de pódio, mas vai depender da hora. As competições são uma atrás da outra, o que complica um pouco mais. É preciso aumentar a concentração a cada dia", diz Laís, 17, que se tornou a primeira brasileira a atuar em todos os dias de final num Mundial -ontem (na final por equipes), hoje, amanhã (salto) e sábado (no solo, quando atuará ao lado de Daiane dos Santos).
Menina dos olhos do técnico da seleção, o ucraniano Oleg Ostapenko, que passou um ano só corrigindo erros de postura da ginasta, Laís é considerada uma das atletas mais resistentes do Brasil.
"Todas elas têm dores. A Daiane já teve dor no joelho. A Daniele, no ombro. A Laís também, mas não sei de onde ela tirou forças para suportar os treinos. Os resultados de hoje são a recompensa pelo esforço", diz Eliane Martins, supervisora de seleções da confederação de ginástica.
Laís diz, porém, que tem sentido o peso de tanta dedicação. Amostra disso foi vista ontem, quando caiu na trave. "Cada dia é diferente na ginástica", disse ela.
Entre as maiores rivais estão as americanas Chellsie Memmell e Jana Bieger, a italiana Vanessa Ferrari, a britânica Elizabeth Tweddle e a agora alemã Oksana Chusovitina, 31, atleta mais velha do Mundial.0 (CCP)


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