DA SUCURSAL DO RIO

Uma falha da organização do jogo da noite de anteontem, a cargo do governo do Estado do Rio, gerou um tumulto no vestiário da seleção no Maracanã.
O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, e o deputado estadual Pedro Augusto (PMDB) tiveram uma discussão.
Ao final do jogo, Augusto, um assessor e uma criança estavam em uma área do Maracanã em que teriam acesso aos jogadores antes de embarcarem no ônibus. Isso é proibido pelas normas da Fifa, que prevê contato apenas de jornalistas com os atletas.
Como o deputado estava na área, Paiva e Augusto desentenderam-se, trocaram desaforos e só não brigaram porque policiais militares intervieram.
Na versão de Paiva, o deputado -radialista no Rio- chegou ao vestiário acompanhado de crianças.
"Tirei as crianças, porque ali não é local de crianças. Ele retrucou dizendo que era deputado. Disse a ele só podem profissionais de imprensa e atletas", afirmou o assessor.
Já segundo o deputado, havia só um menino de dez anos, filho de um assessor parlamentar. Augusto não quis falar à Folha, mas seu chefe-de-gabinete, Jorge Miguel, disse que tudo não passou de "um desentendimento momentâneo".
"Tinham várias pessoas dentro do recinto, ninguém falou que o deputado não poderia estar ali", afirmou Miguel.
O deputado disse que o assessor da CBF chegou a lhe dar um pontapé. Só que Paiva nega: diz que o funcionário do político é que tentou agredi-lo por estar embriagado.
A PM chegou a deter o assessor do deputado no Juizado Especial Criminal. Mas, como Paiva não quis prestar queixa, ele foi liberado em seguida. (ST)


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