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Ministro defende verba pública para a F-3
DA REPORTAGEM LOCAL
Presente ontem em Interlagos, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., defendeu o uso
de verba pública para estimular
o automobilismo no Brasil.
Na última semana, o ministério aprovou um projeto elaborado pela organização da F-3
sul-americana (categoria que
reúne pilotos brasileiros entre
16 e 18 anos) via lei de incentivo
ao esporte. O projeto pretende
captar R$ 760 milhões em patrocinadores, que podem obter
dedução fiscal com a verba que
empregarem na categoria.
"A força que tem esse evento
[GP Brasil] aqui em São Paulo e
no país tem a ver com a presença dos pilotos brasileiros. Não
vamos ter grandes nomes na
F-1 se não investirmos na formação de pilotos. Então, creio
que é justo apoiar essas categorias que formam pilotos no
Brasil", justificou o ministro.
Dilson Motta, organizador da
F-3 sul-americana, havia afirmado nesta semana que a verba
da lei de incentivo seria aplicada na organização do evento e
não abateria o valor pago pelos
pilotos -que chega a R$ 800
mil anuais- para se manterem
nos times da categoria.
Apesar do caráter elitista do
esporte sobre rodas, Orlando
Silva Jr. defendeu a aprovação
do projeto, mas ressaltou que
não tem conhecimento total
sobre o teor do documento.
"Não avaliei o projeto, mas,
se a comissão [do ministério] o
aprovou, deve ter levado em
conta que é adequado para fortalecer aquela categoria. Mesmo assim, acho certo o apoio
pela importância que o automobilismo tem para o Brasil, já
que o brasileiro é apaixonado
por velocidade", afirmou.
De acordo com dados apresentados pelo presidente da
SPTuris, Caio de Carvalho, com
o GP Brasil deste ano, tido como o evento mais lucrativo da
cidade, turistas gastaram cerca
de R$ 260 milhões.0
(MB)
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