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Sob críticas, Europa faz sorteio para repescagem
Com ranking, Fifa impede o confronto Portugal x França
DA REPORTAGEM LOCAL
A Europa começa hoje a definir quem serão seus últimos
quatro representantes na Copa
do Mundo da África do Sul. Será realizado em Zurique o sorteio que estabelecerá os jogos
da repescagem do continente.
Mas, desta vez, nem mesmo o
futebol considerado o mais organizado do planeta conseguiu
fugir da polêmica e das críticas.
Tudo graças à opção da Fifa de,
de forma inusitada, decidir pela
adoção de quatro cabeças de
chave em um sorteio com apenas oito participantes -os confrontos de ida e volta serão realizados em 14 e 18 de novembro.
Com base em seu ranking
mensal de seleções, a entidade
definiu que Portugal (nono colocado na lista), França (10ª),
Rússia (12ª) e Grécia (16ª) ficarão em um pote. Em outro estarão os nomes de Ucrânia (22ª),
Irlanda (34ª), Bósnia (42ª) e
Eslovênia (49ª).
A divisão impede, por exemplo, que França e Portugal se
confrontem por uma das vagas
remanescentes no Mundial.
E foi justamente essa proteção, fora dos padrões de outras
repescagens europeias, que irritou os times que não foram
nomeados cabeças de chave.
"Nós não ficamos nada satisfeitos com o jeito como foi feito
[o formato do sorteio], mas temos agora que seguir adiante",
afirmou o meia Kevin Kilbane,
um dos principais jogadores da
Irlanda, que é dirigida pelo italiano Giovanni Trapattoni.
"Mas nós estamos muito
confiantes de que podemos bater qualquer um numa disputa
em dois jogos", concluiu ele.
As reclamações dos irlandeses resumem o sentimento de
eslovenos e, sobretudo, ucranianos, que tentam ir para seu
segundo Mundial consecutivo
e, por terem chegado às quartas
de final na Copa da Alemanha-
-2006, reivindicaram o direito
de serem cabeças de chave.
Na contramão desse discurso, apenas a seleção da Bósnia.
Ou, mais especificamente, seu
técnico, Miroslav Blazevic.
Por uma vontade de vingança
que já espera há 11 anos, o treinador afirmou que gostaria de
enfrentar e eliminar a França
na repescagem, "mais do que
qualquer outra seleção".
"Quando eu treinava a Croácia, na Copa de 1998, nós não
merecíamos ter sido eliminados pela França", relembra Blazevic, sobre a derrota por 2 a 1
na semifinal daquele Mundial.
Com agências internacionais
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