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CIDA SANTOS
Estréia com derrota
Contra os EUA, a seleção esteve insegura, errou muito e mostrou que sente falta
do levantador Ricardinho
UMA ESTRÉIA dolorida do Brasil na Copa do Mundo: 3 sets
a 0 para os EUA. No primeiro
grande torneio sem o levantador Ricardinho, o time esteve inseguro, errou ataques e não acertou o saque.
Uma derrota como essa pesa, e
muito, em um torneio em que todos
os times se enfrentam e o dono da
melhor campanha leva o título. Para
ser campeão, o Brasil já não depende
só dele: tem que vencer todos os jogos e torcer por tropeço dos EUA.
Mas muita coisa pode acontecer.
Sem Ricardinho, o Brasil deixa de
ser brilhante, torna-se um time normal, sujeito às grandes vitórias e às
grandes derrotas. Uma pena que o
levantador e o técnico Bernardinho
ainda não conversaram. Vamos ver
se até a Olimpíada a turma se entende e a seleção tenha a força máxima.
Marcelinho não jogou mal, mas é
um levantador bem mais previsível
do que Ricardinho, que não deixa de
ousar nem quando o passe não funciona. Para piorar, Dante e André
Nascimento também tiveram dificuldade no ataque. E Giba errou bolas que não costuma errar.
Do outro lado, os EUA ganharam
novo ritmo com a volta do levantador Lloy Ball, 35 anos e 2,02 m. Ball
faz o time jogar mais rápido. A luta
pelas três vagas para Pequim será
entre Brasil, EUA, Rússia e Bulgária.
Hoje, o Brasil pega um enigma: a
Espanha, campeã européia. O time
perdeu o técnico Andrea Anastasi,
que assumiu a Itália. O comando
agora é do argentino Marcelo Mendez, um novato. Na estréia, a Espanha perdeu da Bulgária (3 sets a 1).
Feminino
No balanço final dos números, a
seleção brasileira feminina até que
acabou se saindo bem na Copa do
Mundo: ganhou a medalha de prata, uma vaga em Pequim e assumiu
o primeiro lugar do ranking mundial. Mas a forma como perdeu os
dois únicos jogos (para a Itália e os
EUA) é preocupante.
A seleção sofre com muitos altos
e baixos em quadra na parte emocional. Contra as norte-americanas, venceu os dois primeiros sets
e, depois, sumiu nos três últimos.
Contra a Itália, o time não jogou.
O grande desafio da comissão técnica é como resolver a questão
emocional do grupo.
O RECORDE
A Itália conquistou o título da
Copa do Mundo feminina e quebrou um recorde italiano: com as 11
vitórias no torneio, completou 21
jogos sem derrotas. Uma marca
que supera o recorde de 20 vitórias
seguidas, obtido pela geração de
ouro da seleção masculina, dirigida
por Julio Velasco nos anos 90.
FORÇA DO SAQUE
Na primeira rodada da Copa do
Mundo masculina, EUA, Rússia e
Bulgária desceram a mão no saque.
Os americanos marcaram cinco
pontos assim contra o Brasil. A Bulgária fez seis na vitória sobre Espanha. Já a Rússia teve sete aces e bateu a Argentina por 3 sets a 0.
cidasan@uol.com.br
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