São Paulo, segunda-feira, 19 de novembro de 2007

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CIDA SANTOS

Estréia com derrota

Contra os EUA, a seleção esteve insegura, errou muito e mostrou que sente falta do levantador Ricardinho

UMA ESTRÉIA dolorida do Brasil na Copa do Mundo: 3 sets a 0 para os EUA. No primeiro grande torneio sem o levantador Ricardinho, o time esteve inseguro, errou ataques e não acertou o saque.
Uma derrota como essa pesa, e muito, em um torneio em que todos os times se enfrentam e o dono da melhor campanha leva o título. Para ser campeão, o Brasil já não depende só dele: tem que vencer todos os jogos e torcer por tropeço dos EUA. Mas muita coisa pode acontecer.
Sem Ricardinho, o Brasil deixa de ser brilhante, torna-se um time normal, sujeito às grandes vitórias e às grandes derrotas. Uma pena que o levantador e o técnico Bernardinho ainda não conversaram. Vamos ver se até a Olimpíada a turma se entende e a seleção tenha a força máxima.
Marcelinho não jogou mal, mas é um levantador bem mais previsível do que Ricardinho, que não deixa de ousar nem quando o passe não funciona. Para piorar, Dante e André Nascimento também tiveram dificuldade no ataque. E Giba errou bolas que não costuma errar.
Do outro lado, os EUA ganharam novo ritmo com a volta do levantador Lloy Ball, 35 anos e 2,02 m. Ball faz o time jogar mais rápido. A luta pelas três vagas para Pequim será entre Brasil, EUA, Rússia e Bulgária. Hoje, o Brasil pega um enigma: a Espanha, campeã européia. O time perdeu o técnico Andrea Anastasi, que assumiu a Itália. O comando agora é do argentino Marcelo Mendez, um novato. Na estréia, a Espanha perdeu da Bulgária (3 sets a 1).
Feminino
No balanço final dos números, a seleção brasileira feminina até que acabou se saindo bem na Copa do Mundo: ganhou a medalha de prata, uma vaga em Pequim e assumiu o primeiro lugar do ranking mundial. Mas a forma como perdeu os dois únicos jogos (para a Itália e os EUA) é preocupante.
A seleção sofre com muitos altos e baixos em quadra na parte emocional. Contra as norte-americanas, venceu os dois primeiros sets e, depois, sumiu nos três últimos. Contra a Itália, o time não jogou. O grande desafio da comissão técnica é como resolver a questão emocional do grupo.

O RECORDE
A Itália conquistou o título da Copa do Mundo feminina e quebrou um recorde italiano: com as 11 vitórias no torneio, completou 21 jogos sem derrotas. Uma marca que supera o recorde de 20 vitórias seguidas, obtido pela geração de ouro da seleção masculina, dirigida por Julio Velasco nos anos 90.

FORÇA DO SAQUE
Na primeira rodada da Copa do Mundo masculina, EUA, Rússia e Bulgária desceram a mão no saque. Os americanos marcaram cinco pontos assim contra o Brasil. A Bulgária fez seis na vitória sobre Espanha. Já a Rússia teve sete aces e bateu a Argentina por 3 sets a 0.


cidasan@uol.com.br

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