O "foi não foi" dos pênaltis, hora em que os homens superam as mulheres em histeria primitiva

AMIGO TORCEDOR, amigo secador, o que querem as mulheres até acertamos vez por outra, na zebra do amor e do sexo, caro Sigmund. O difícil mesmo é responder à velha pergunta de Gutenberg, que já indagava, com as suas tintas dramáticas: o que querem os leitores?
Fanático pela obra aberta e entregue às novas possibilidades de narrativas conjuntas, submeti ontem o tema dessa crônica aos meus quase 35 mil seguidores no Twitter -não é nada, não é nada, é uma Ilha do Retiro virtual, a inacreditável Ilha de Lost encravada no meio dos rios do Recife.
Deu de tudo, inclusive e ainda a interminável cantoria de sapos parnasianos: o "foi não foi" dos pênaltis do final de semana, a tal da polêmica, saco, o momento em que os homens superam as mulheres em histeria mais primitiva, a histeria "roots". Tivesse o doutor Freud conhecido o futebol a fundo, mudaria de ideia sobre a matriz da doença. Nasceu com o macho ludopédico, óbvio.
A leitora @biazassa sugere um justo tema: a baixaria dos rapazes no assédio nos estádios. Que falta de modos, seus doentes. Não é assim que funciona, cadê a delicadeza perdida?
A maioria sugere: Corinthians, finalmente campeão no centenário. Ronaldo, sempre Ronaldo!
No que chega o @chicocabron e entende a predileção do cronista sobre amor e futebol: "Fale sobre mulheres que traem os homens esportivamente. Torcendo para os times rivais escondidos. O clube rival é o amante"."
Aproveite a presença do Manara no Brasil e fale sobre as peladas de verdade. Pitaco do @marcosfacts. Salve o Trem, que conquistou o certame do Amapá 2010, como lembra @cassio-renato.
O novo São Marcos, o Assunção palmeirense, é exaltado por muitos. É o personagem da vez, como diz o @marciodonizete. Messi, nem se fala. Donde a @vanessapuerta lembra: o Brasil, quando perde, sempre escolhe um para Cristo. Seja Dunga, Felipe Melo ou agora o Douglas.
O que querem os leitores? Não há pauteiro (o cara que pensa os temas e motes jornalísticos) ou cronista que saiba. O que querem os leitores-torcedores? Indagação mais impossível ainda de ser respondida. Isso vale também, obviamente, para os internautas e telespectadores.
No que invade a área o @putoeta e lembra, nos dando o benefício da dúvida: o Vasco foi o primeiro time brasileiro a aceitar pretos. E viva o Dia da Consciência Negra!

xico.folha@uol.com.br

@xicosa


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