São Paulo, terça-feira, 20 de janeiro de 2004

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Gil contraria técnico e mantém boca fechada

DO ENVIADO A EXTREMA

Não adianta o técnico Juninho pedir para o atacante Gil falar mais com os companheiros e assumir o papel de um dos líderes do Corinthians em 2004.
O jogador afirmou ontem que não irá mudar seu estilo para agradar ao treinador e negou que enfrente problemas emocionais.
Juninho havia relacionado a queda de rendimento do atacante em 2003 a um suposto abalo psicológico, principalmente por ele ter deixado de ser convocado para a seleção brasileira.
"Não existe nenhum trauma, e tenho mais de mil motivos para estar motivado, como ser campeão e voltar à seleção", disse Gil.
De acordo com o atacante, o treinador ainda não se acostumou com o fato de ele falar pouco com os colegas dentro e fora do gramado. "O Juninho pede para que eu converse mais com os outros desde que chegou aqui. Ele me vê quieto e pergunta se tenho algum problema fora de campo."
Apesar de discordar do técnico, o jogador afirmou que não se incomoda com as constantes conversas que tem com ele sobre o mesmo assunto. "É uma maneira de ele tentar me incentivar."
Após sofrer três lesões em 2003, Gil disse que, depois dos primeiros jogos do Campeonato Paulista, irá iniciar uma preparação diferente da dos companheiros para evitar novas contusões. Uma parte desse trabalho será feita com sessões de acupuntura.
Hoje à tarde, a equipe deixa Extrema (MG), local de sua pré-temporada, e vai para Sorocaba, onde enfrenta o Atlético, amanhã, às 15h30, na abertura do Estadual.
Jogar à tarde, provavelmente com calor, irritou alguns jogadores, principalmente Fábio Costa.
"Não existe jogo nesse horário. A TV marca porque só está preocupada com ela, os clubes precisam de dinheiro e não podem fazer nada. Os jogadores deveriam se unir para impedir isso", reclamou o ex-goleiro santista.
Ele disse que já fez uma reunião com os colegas Marcos, do Palmeiras, e Rogério, do São Paulo, para tentar unir os atletas na defesa de interesses. "O jogador brasileiro está preocupado só com o seu salário. Isso precisa mudar."


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