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Gil contraria técnico e mantém boca fechada
DO ENVIADO A EXTREMA
Não adianta o técnico Juninho
pedir para o atacante Gil falar
mais com os companheiros e assumir o papel de um dos líderes
do Corinthians em 2004.
O jogador afirmou ontem que
não irá mudar seu estilo para
agradar ao treinador e negou que
enfrente problemas emocionais.
Juninho havia relacionado a
queda de rendimento do atacante
em 2003 a um suposto abalo psicológico, principalmente por ele
ter deixado de ser convocado para
a seleção brasileira.
"Não existe nenhum trauma, e
tenho mais de mil motivos para
estar motivado, como ser campeão e voltar à seleção", disse Gil.
De acordo com o atacante, o
treinador ainda não se acostumou com o fato de ele falar pouco
com os colegas dentro e fora do
gramado. "O Juninho pede para
que eu converse mais com os outros desde que chegou aqui. Ele
me vê quieto e pergunta se tenho
algum problema fora de campo."
Apesar de discordar do técnico,
o jogador afirmou que não se incomoda com as constantes conversas que tem com ele sobre o
mesmo assunto. "É uma maneira
de ele tentar me incentivar."
Após sofrer três lesões em 2003,
Gil disse que, depois dos primeiros jogos do Campeonato Paulista, irá iniciar uma preparação diferente da dos companheiros para
evitar novas contusões. Uma parte desse trabalho será feita com
sessões de acupuntura.
Hoje à tarde, a equipe deixa Extrema (MG), local de sua pré-temporada, e vai para Sorocaba, onde
enfrenta o Atlético, amanhã, às
15h30, na abertura do Estadual.
Jogar à tarde, provavelmente
com calor, irritou alguns jogadores, principalmente Fábio Costa.
"Não existe jogo nesse horário.
A TV marca porque só está preocupada com ela, os clubes precisam de dinheiro e não podem fazer nada. Os jogadores deveriam
se unir para impedir isso", reclamou o ex-goleiro santista.
Ele disse que já fez uma reunião
com os colegas Marcos, do Palmeiras, e Rogério, do São Paulo,
para tentar unir os atletas na defesa de interesses. "O jogador brasileiro está preocupado só com o
seu salário. Isso precisa mudar."
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