São Paulo, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 |
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AÇÃO Deve ser prime, no mínimo
CARLOS SARLI COLUNISTA DA FOLHA FORAM DEZ etapas do Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha e dez diferentes campeões. O campeonato de surfe mais tradicional da América do Sul é também um dos mais desejados entre os competidores por sua localização e qualidade das ondas. Desta vez o vencedor foi o especialista em tubos Bruno Santos, que enfrentou Raoni Monteiro na final. No ano passado, Bruninho foi uma das nossas raras alegrias no cenário internacional, ao vencer, vindo das triagens, a etapa mais temida do WCT, a de Teahupoo, Taiti. Ele já participou duas vezes, também vindo das triagens, do Pipeline Masters, que encerra o Tour e é o palco midiático do esporte. Um currículo de respeito para quem, antes de Fernando de Noronha, nem tinha a pretensão de ingressar na elite. Sua vitória garantiu a liderança do ranking de acesso neste início de temporada e pode estimular uma mudança de plano. As 12 etapas "prime" do WQS (definidas pela qualidade das ondas e que somam mais pontos) previstas no ano contribuem para que atletas como Bruno disputem a divisão de acesso. Em sua 26ª edição, o Hang Loose teve poucos participantes estrangeiros justamente por ter perdido o status "prime", neste ano reservado às provas seis estrelas. Assim, os brasileiros dominaram, com destaque para Marcelo Trekinho e Marco Polo, os dois semifinalistas que levaram 10, e também para Filipe Toledo, 13, filho de Ricardo, e Ian Gouveia, 16, que, em seu primeiro ano na competição, ficou em quinto e igualou o melhor resultado do pai, Fábio. Já Raoni, que tentava o inédito bicampeonato, vacilou ao cometer uma interferência de remada na final. Ele e outros atletas de ponta, como Leo Neves e Pedro Henrique, estão sem patrocínio. Sinais da crise. E, por conta dela, a crise, antagonicamente as chances de o Hang Loose se tornar prova do WCT aumentam. Patrocinadores habituais do circuito cancelaram ou ainda não confirmaram etapas importantes do calendário. Já o governo de Pernambuco oficializou seu apoio à prova de Fernando de Noronha. BIG SURFE Alexandre Ferraz, 23, com uma onda surfada na Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha, venceu o prêmio Greenish, de maior onda no Brasil, e levou R$ 25 mil. MUNDIAL DE WAKEBOARD Foi confirmada a realização de uma etapa da WWA na lagoa dos Ingleses (MG), no mês de maio. Desde 2004, o Brasil não recebe uma prova do circuito. MUNDIAL DE SURFE As provas de abertura do WCT, masculino e feminino, têm o início do período de espera no dia 28, em Coolangatta, na Gold Coast, Austrália. sarli@trip.com.br Texto Anterior: Obstinado: Rogério faz treino forte Próximo Texto: Xico Sá: A volta triunfal do corvo Índice |
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