São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2011

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Bahrein pode aumentar lista de GPs cancelados

F-1
Histórico de insegurança e crise financeira são os principais motivos


RAFAEL VALENTE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Primeiro país do Oriente Médio a receber a F-1, o Bahrein pode deixar de sediar o Mundial pela primeira vez desde 2004 devido às manifestações políticas na região.
Pior do que o desfalque no calendário da competição -o circuito está previsto para abrir o Mundial em 13 de março- será o golpe financeiro.
A F-1 é responsável por parte destacada do PIB bareinita e empresas como a Bahrain Mumtalakat, que deve comprar 50% das ações da McLaren até o fim do ano, têm interesses comerciais.
A decisão de manter o GP no país será divulgada até quarta e, caso seja confirmada, o Bahrein entrará para um seleto grupo de países que tiveram suas provas canceladas na F-1. E isso porque a categoria não se "entrega" nem mesmo para catástrofes como o 11 de Setembro.
Insegurança e crise financeira são as principais causas para se cancelar um GP.
Esses foram os motivos apresentados pela Argentina em algumas oportunidades a partir de 1960. Inicialmente, a ausência coincidiu com o encerramento da carreira de Juan Manuel Fangio, vencedor de cinco campeonatos, e o final do governo Perón.
A Argentina sediou o Mundial de 1972 até 1975. Em 1976, teve a prova cancelada por falta de segurança.
Voltou ao calendário no ano seguinte e ficou até 1982, quando abriu mão da F-1 por causa da Guerra das Malvinas. Voltou a sediar uma prova 13 anos depois, mas em 1999 teve seu GP cancelado devido à crise financeira.
O mesmo aconteceu com Magny-Cours, na França, que deixou de abrigar um GP em 2009 por causa de problemas financeiros. Desde então, está fora do calendário.
Em 1983, o GP de Nova York foi cancelado a pouco mais de três meses de sua realização por falta de estrutura. Acabou substituído pelo recém-criado GP da Europa, em Brands Hatch.
Por outro lado, nem mesmo o atentado terrorista aos EUA, em 2001, ou a morte da princesa Diana, em 1997, alteraram a agenda da F-1.
O primeiro não provocou o cancelamento da corrida em Indianápolis, 19 dias depois do atentado. O segundo não atrasou um minuto o treino do GP de Monza, que era no mesmo horário do funeral.


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