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A 3.700 m, Santos cai na Libertadores
Contra o San José, na altitude de Oruro, time de Leão sofre virada, amarga 1º revés e desperdiça a chance de liderar chave
San José 2
Santos 1
DA REPORTAGEM LOCAL
O Santos vinha embalado por
quatro vitórias consecutivas.
Ontem, na altitude de Oruro,
saiu na frente com um gol de
Kléber Pereira. Mas, apesar do
bom momento e da vantagem a
3.700 m acima do nível do mar,
sucumbiu e perdeu a chance de
terminar o turno na ponta de
sua chave na Libertadores.
Com o revés de 2 a 1 para o
San José, o Santos segue com
quatro pontos e está em segundo no Grupo 6, ao lado do próprio time boliviano -leva vantagem no saldo de gols. O Cúcuta lidera com um ponto a mais.
O Santos volta para casa e
tem duas paradas difíceis no
Paulista. No final de semana,
encara o primeiro colocado
Guaratinguetá, como visitante.
Depois, na quarta, encara o Corinthians, na Vila Belmiro.
Na Libertadores, a equipe
volta a jogar só no dia 1º de
abril, quando terá a revanche
diante do San José em casa.
O clima de disputa começou
antes mesmo de o jogo iniciar.
Nas arquibancadas, faixas com
inscrições sobre a prática do futebol na altitude -recentemente não chancelada pela Fifa- eram mostradas pelos torcedores bolivianos para provocar os atletas santistas. Numa
delas, até Pelé e Maradona foram citados como craques que
não temiam a altitude.
Patrono do time e defensor
ferrenho de jogos na altitude, o
presidente boliviano Evo Morales prestigiou o confronto.
Quando a bola rolou, o Santos entrou com a proposta de
fazer a bola correr para evitar o
desgaste. E teve a seu favor um
gol logo de cara, em cabeçada
de Kléber Pereira, aos 8min,
que decretou 1 a 0 no marcador.
Mas a resposta do San José
foi instantânea. Aos 9min, teve
um gol anulado. Dois minutos
depois, em chute cruzado dentro da área, Cerutti venceu Fábio Costa e deixou tudo igual.
A partida ficou aberta, e os
chutes de meia distância fizeram Fábio Costa ter trabalho.
O Santos também teve a
chance de até definir o jogo não
fosse a precipitação de Molina
na hora de concluir uma jogada.
No segundo tempo, o time alvinegro voltou com Evaldo no
meio, para reforçar a marcação.
Mas, mesmo com mais gente à
frente da área, acabou tomando
a virada em uma jogada individual. García foi entrando pela
esquerda e chutou cruzado para fazer 2 a 1, aos 17min.
Com o gol, o técnico Emerson Leão tirou um defensor,
Anderson Salles, que ocupara a
vaga de Marcinho Guerreiro
após o intervalo, e mandou a
campo Trípodi, atacante.
Mas, além da desvantagem
no placar, o Santos tinha que
superar o desgaste com a altitude. O caminho foi tentar o jogo
aéreo para buscar o empate,
mas a defesa do San José suportou a pressão. No final, Kléber
Pereira teve a camisa puxada
na área e caiu, mas o juiz mandou o lance seguir e puniu o
santista com cartão amarelo.
Foi primeiro revés do time
santista na Libertadores-2008.
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