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Bem nas tabelas, São Paulo volta a cogitar time misto
Após a desgastante vitória no Uruguai, Muricy Ramalho
pensa em retomar tática de mesclar titulares e reservas
Com volta ao G4 do Estadual e liderança de seu grupo na Libertadores, técnico estuda se tira de campo no domingo a equipe considerada ideal
GIULLIANA BIANCONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é de hoje que o técnico
Muricy Ramalho se queixa da
maratona que o São Paulo enfrenta neste primeiro semestre. Volta e meia ele repete que
o time mal tem tempo para
treinar. Que só "se recupera e
joga, joga e se recupera".
Entre uma reclamação e outra, o comandante são-paulino
decidiu adotar o rodízio no time para disputar o Estadual.
Malsucedida, a experiência
lhe rendeu um revés perante o
lanterna Mogi Mirim, na 12ª
rodada, e a queda de posição
que o tirou do grupo dos quatro
melhores na competição.
Muricy voltou então a escalar
o time principal. E, depois da
goleada sobre o Mirassol, por 5
a 0, afirmou que aquele era, no
momento, o time ideal.
Mas agora, ocupando o terceiro lugar na tabela do Paulista, e após a desgastante vitória
por 1 a 0 sobre o Defensor, no
Uruguai, pela Taça Libertadores, que deixou o time com folga na liderança, o técnico volta
a cogitar usar um time misto.
Ontem, no retorno do elenco
a São Paulo, Muricy não descartou a chance de poupar jogadores para o duelo do próximo
domingo, contra o Paulista, em
Jundiaí. "Vamos avaliar até sábado. Deixa eles [jogadores]
descansarem e aí veremos o
que será melhor", disse.
Borges, que atuou durante os
90 minutos contra o Defensor
numa partida tão repleta de
choques que levou Muricy a pedir, no intervalo, que o time não
mais "guerreasse" com os adversários, disse que, mesmo para os cansados, o melhor é jogar. "Estou bem e espero atuar
no domingo. Até porque quem
não joga treina muito mais",
justificou o artilheiro do time
na Libertadores, com três gols.
O preparador físico do São
Paulo, Carlinhos Neves, admitiu que a equipe retorna ao país
sentindo o desgaste do interclubes continental.
"Com todo o respeito às outras competições, a Libertadores exige mais, por isso é preciso bom senso e cuidado nas
avaliações", afirmou ele.
Bom senso, para o zagueiro
Rodrigo, que substituiu o lesionado André Dias na partida de
anteontem, é fazer um esforço
extra para deixar o cansaço de
lado neste período em que a
agenda de jogos compromete o
restante do trabalho.
Reserva, Rodrigo explica que,
com poucas oportunidades de
"mostrar serviço", já que, segundo ele, "mal dá tempo de
treinar", torna-se ainda mais
importante estar em campo.
Para os que estão dispostos,
não importa nem mesmo se o
confronto com o Paulista será
às 16h, o que pode representar
jogar sob o sol do interior.
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