São Paulo, sexta-feira, 20 de março de 2009

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Bem nas tabelas, São Paulo volta a cogitar time misto

Após a desgastante vitória no Uruguai, Muricy Ramalho pensa em retomar tática de mesclar titulares e reservas

Com volta ao G4 do Estadual e liderança de seu grupo na Libertadores, técnico estuda se tira de campo no domingo a equipe considerada ideal

GIULLIANA BIANCONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é de hoje que o técnico Muricy Ramalho se queixa da maratona que o São Paulo enfrenta neste primeiro semestre. Volta e meia ele repete que o time mal tem tempo para treinar. Que só "se recupera e joga, joga e se recupera".
Entre uma reclamação e outra, o comandante são-paulino decidiu adotar o rodízio no time para disputar o Estadual.
Malsucedida, a experiência lhe rendeu um revés perante o lanterna Mogi Mirim, na 12ª rodada, e a queda de posição que o tirou do grupo dos quatro melhores na competição.
Muricy voltou então a escalar o time principal. E, depois da goleada sobre o Mirassol, por 5 a 0, afirmou que aquele era, no momento, o time ideal.
Mas agora, ocupando o terceiro lugar na tabela do Paulista, e após a desgastante vitória por 1 a 0 sobre o Defensor, no Uruguai, pela Taça Libertadores, que deixou o time com folga na liderança, o técnico volta a cogitar usar um time misto.
Ontem, no retorno do elenco a São Paulo, Muricy não descartou a chance de poupar jogadores para o duelo do próximo domingo, contra o Paulista, em Jundiaí. "Vamos avaliar até sábado. Deixa eles [jogadores] descansarem e aí veremos o que será melhor", disse.
Borges, que atuou durante os 90 minutos contra o Defensor numa partida tão repleta de choques que levou Muricy a pedir, no intervalo, que o time não mais "guerreasse" com os adversários, disse que, mesmo para os cansados, o melhor é jogar. "Estou bem e espero atuar no domingo. Até porque quem não joga treina muito mais", justificou o artilheiro do time na Libertadores, com três gols.
O preparador físico do São Paulo, Carlinhos Neves, admitiu que a equipe retorna ao país sentindo o desgaste do interclubes continental.
"Com todo o respeito às outras competições, a Libertadores exige mais, por isso é preciso bom senso e cuidado nas avaliações", afirmou ele.
Bom senso, para o zagueiro Rodrigo, que substituiu o lesionado André Dias na partida de anteontem, é fazer um esforço extra para deixar o cansaço de lado neste período em que a agenda de jogos compromete o restante do trabalho.
Reserva, Rodrigo explica que, com poucas oportunidades de "mostrar serviço", já que, segundo ele, "mal dá tempo de treinar", torna-se ainda mais importante estar em campo.
Para os que estão dispostos, não importa nem mesmo se o confronto com o Paulista será às 16h, o que pode representar jogar sob o sol do interior.


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