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Governo minimiza negativa de lotéricas por recarga de ingresso
Caixa diz que ideia é pulverizar serviço e evitar sobrecarregamento de postos
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo defendeu a ideia,
lançada pelo presidente Lula
na semana passada, de as lotéricas comercializarem ingressos de jogos, como parte do
projeto para pacificar o futebol.
""A ideia é justamente pulverizar a comercialização dos ingressos das partidas de futebol
por uma rede muito mais ampla daquela que existe hoje. É
uma iniciativa útil e democrática para o cidadão", argumentou
Wellington Moreira Franco, vice-presidente de loterias da
Caixa Econômica Federal.
O Sindicato dos Lotéricos de
São Paulo enviou carta aberta à
Presidência com uma postura
contrária à medida: ""Já prestamos serviços bancários sem
sermos bancos. Assumir mais
esse ônus inviabilizaria definitivamente nosso negócio".
Moreira Franco apontou que
essa reação foi regionalizada e
lembrou que as lotéricas são recompensadas pelos serviços.
""Essa posição é a do sindicato
de São Paulo. Não é essa a posição pelo Brasil afora. Tenho
certeza de que no Rio, por
exemplo, foi bem recebida. É
simples: o lotérico que não quiser não faz. Mas deixa de ganhar. Eles [os lotéricos] não
prestam serviços de graça."
Segundo a assessoria de imprensa da estatal, para cada pagamento realizado pela pessoa
sem fatura, as lotéricas levam
R$ 0,40. A Folha apurou que
está em estudo que a cada carregamento dos bilhetes as lotéricas recebam esse valor.
A CEF argumenta que a
grande vantagem do sistema é
acabar com a concentração da
venda dos ingressos. Para corroborar o argumento, aponta
que a iniciativa disponibilizaria
mais de 11 mil novos pontos de
venda de ingressos pelo país.
Nesse cenário, seria difícil alguma lotérica ficar sobrecarregada. Outra argumentação é a
de que será possível adquirir
ingressos para jogos de um Estado estando em outro, o que
ajudaria a espalhar a venda.
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