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Por lotação, novo estádio dos EUA mima torcedores
NY Red Bulls x Santos inaugura, em Nova Jersey, Red Bull Arena, que dá até transporte gratuito a público dos arredores
Chão das arquibancadas da arena é feito de alumínio para garantir que a vibração das torcidas faça muito barulho durante as partidas
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
"O velho time do Pelé", como
os americanos se referem ao
Santos, inaugura hoje, em Nova
Jersey, o estádio Red Bull Arena, em jogo contra o time da casa, o NY Red Bulls, antes abrigado no Giants Stadium.
Ao custo de US$ 250 milhões
(cerca de R$ 450 milhões ou
quase o valor do Verdão, arena
de Cuiabá para a Copa de 2014),
o novo estádio dos EUA comporta 25 mil torcedores, contra
80 mil da casa antiga.
O Giants Stadium, que foi
inaugurado em 1976 e já recebeu estrelas como o próprio Pelé e David Beckham, teve sua
demolição iniciada há um mês.
Os outros times da casa, o
New York Giants e o New York
Jets (ambos da NFL, liga profissional de futebol americano)
irão se alojar no Meadowlands,
ainda em construção, também
na cidade de Nova Jersey.
O motivo do encolhimento,
segundo a assessoria da empresa patrocinadora, é que os jogos
de futebol eram incapazes de
lotar o Giants. Melhor do que a
sensação de vazio, para eles, é a
visão de um estádio lotado,
mesmo que com um número
menor de espectadores.
E boa parte do dinheiro foi
investida para que os jogadores
se sintam "estimulados". O
chão da arquibancada, por
exemplo, é feito de alumínio,
para garantir que a vibração da
torcida faça muito barulho.
A nova "técnica", porém, ainda não foi testada, e só hoje se
saberá se os espectadores nas
cadeiras abaixo da arquibancada aprovarão tal ideia.
O time reserva do Santos enviado aos EUA -à exceção de
Neymar- jogará ainda sobre
um gramado tratado por um
sistema subterrâneo, com máquinas de drenagem e aquecimento que evitam que o rigoroso inverno ou as chuvas prejudiquem a qualidade do campo.
Os setores VIP também prometem pompa: os "club seats",
cerca de mil cadeiras vendidas
a US$ 3.000 cada uma para
a temporada, dão direito a comida e bebida não alcoólica e a
um assento próximo dos bancos de reservas, que estarão cobertos de couro, parecidos com
as cadeiras de cinema.
Mais para cima, 33 camarotes, com direito a atendente
personalizado e restaurante reservado, custam cerca de US$
70 mil por ano e recebem entre
17 e 20 torcedores cada um. No
centro, o "skybox" do patrocinador, ainda mais luxuoso, ficará reservado a convidados.
Mesmo assim, o estádio promete manter os ingressos entre
US$ 20 e US$ 45, além de oferecer um sistema de transporte
gratuito para buscar e levar torcedores nas redondezas. Tudo
para que o público compareça.
Hoje, com ingressos esgotados, tapete vermelho e recepção com direito a capoeira, o
Red Bull Arena já garantiu a barulheira. Resta ver se ele não
será capaz de espantar os torcedores -ou irritar a vizinhança.
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