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Capela corintiana é assaltada
Ladrões abrem buraco na parede que separa o clube da marginal Tietê e furtam objetos de valor
Na ação, que ocorreu na madrugada de ontem, até a roupa que vestia imagem de são Jorge, o padroeiro do time alvinegro, foi levada
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
O principal santuário corintiano, a tradicional capela do
Parque São Jorge, foi assaltado
na madrugada de ontem.
Bandidos fizeram um buraco
na parede dos fundos da capela,
com saída para a marginal Tietê, invadiram o local e levaram
vários objetos de valor, entre
eles candelabros, cordões de
ouro e até a roupa que vestia a
imagem de são Jorge, o padroeiro do clube alvinegro.
Em 2008, a capela chegou a
ser desfalcada por conta de um
acidente com a estátua de São
Jorge durante uma procissão.
A diretoria corintiana ainda
não sabe calcular o prejuízo,
mas está preocupada com o sistema de segurança de sua sede.
"A empresa que realiza a segurança será chamada para
prestar esclarecimentos. E vamos cobrar dela o prejuízo que
tivemos", afirmou o diretor administrativo do Corinthians,
André Luiz de Oliveira.
Ontem mesmo, ele já havia
mandado fechar a parede destruída pelos ladrões. A capela
do Parque São Jorge, construída em 1965, é palco das principais manifestações de fé dos
torcedores corintianos em momentos difíceis vividos pelo time ou em decisões de campeonato. O Corinthians realiza
missas no local aos domingos.
A empresa que presta o serviço de segurança ao clube é a
Atual. Não é a primeira vez que
o Corinthians sofre com a ação
de bandidos. Em outubro do
ano passado, o CT do clube em
Itaquera foi invadido por homens armados, que fizeram reféns funcionários e os jogadores das categorias de base.
Na ocasião, foram roubados
dinheiro, celulares, computadores e uma perua Kombi, que
foi usada para levar os objetos
roubados. Ninguém se feriu na
ação criminosa, mas o clube
responsabilizou a Atual. "Também cobramos isso deles, e eles
pagaram", afirma Oliveira.
Ele deve propor agora a instalação de câmeras de segurança ao redor do Parque São Jorge. A sede social corintiana
também já havia sido alvo de
outra ação no ano passado.
Bandidos levaram cabos de fibra ótica que eram utilizados
na rede de internet do clube,
que acabou sofrendo uma pane.
Os dirigentes corintianos demonstram preocupação com
uma favela que fica próxima ao
Parque São Jorge.
O novo assalto foi tratado
sem alarde ontem no Corinthians. Ainda mais porque o
clube não quer associar o caso à
sua inclusão no programa "Começar de Novo", do Conselho
Nacional de Justiça.
O acordo será firmado na segunda-feira, no Parque São
Jorge, entre o presidente Andres Sanchez e o ministro do
Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que dirige o CNJ.
Pela parceria, o Corinthians
deve receber até seis presos para realizarem trabalhos no clube -as atividades não foram
definidas. De acordo com a diretoria, os detentos cumprem
pena em regime semiaberto e
cometeram delitos "leves".
Pelo acordo, o Corinthians
também cederá as dependências do clube, às segundas e às
terças-feiras, para a prática esportiva por parte de adolescentes infratores, internos da Fundação Casa. Eles serão previamente indicados pelo Tribunal
de Justiça de São Paulo e pelo
órgão que cuida dos menores.
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