São Paulo, sábado, 20 de março de 2010

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Capela corintiana é assaltada

Ladrões abrem buraco na parede que separa o clube da marginal Tietê e furtam objetos de valor

Na ação, que ocorreu na madrugada de ontem, até a roupa que vestia imagem de são Jorge, o padroeiro do time alvinegro, foi levada

EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC

O principal santuário corintiano, a tradicional capela do Parque São Jorge, foi assaltado na madrugada de ontem.
Bandidos fizeram um buraco na parede dos fundos da capela, com saída para a marginal Tietê, invadiram o local e levaram vários objetos de valor, entre eles candelabros, cordões de ouro e até a roupa que vestia a imagem de são Jorge, o padroeiro do clube alvinegro.
Em 2008, a capela chegou a ser desfalcada por conta de um acidente com a estátua de São Jorge durante uma procissão.
A diretoria corintiana ainda não sabe calcular o prejuízo, mas está preocupada com o sistema de segurança de sua sede.
"A empresa que realiza a segurança será chamada para prestar esclarecimentos. E vamos cobrar dela o prejuízo que tivemos", afirmou o diretor administrativo do Corinthians, André Luiz de Oliveira.
Ontem mesmo, ele já havia mandado fechar a parede destruída pelos ladrões. A capela do Parque São Jorge, construída em 1965, é palco das principais manifestações de fé dos torcedores corintianos em momentos difíceis vividos pelo time ou em decisões de campeonato. O Corinthians realiza missas no local aos domingos.
A empresa que presta o serviço de segurança ao clube é a Atual. Não é a primeira vez que o Corinthians sofre com a ação de bandidos. Em outubro do ano passado, o CT do clube em Itaquera foi invadido por homens armados, que fizeram reféns funcionários e os jogadores das categorias de base.
Na ocasião, foram roubados dinheiro, celulares, computadores e uma perua Kombi, que foi usada para levar os objetos roubados. Ninguém se feriu na ação criminosa, mas o clube responsabilizou a Atual. "Também cobramos isso deles, e eles pagaram", afirma Oliveira.
Ele deve propor agora a instalação de câmeras de segurança ao redor do Parque São Jorge. A sede social corintiana também já havia sido alvo de outra ação no ano passado. Bandidos levaram cabos de fibra ótica que eram utilizados na rede de internet do clube, que acabou sofrendo uma pane.
Os dirigentes corintianos demonstram preocupação com uma favela que fica próxima ao Parque São Jorge.
O novo assalto foi tratado sem alarde ontem no Corinthians. Ainda mais porque o clube não quer associar o caso à sua inclusão no programa "Começar de Novo", do Conselho Nacional de Justiça.
O acordo será firmado na segunda-feira, no Parque São Jorge, entre o presidente Andres Sanchez e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que dirige o CNJ.
Pela parceria, o Corinthians deve receber até seis presos para realizarem trabalhos no clube -as atividades não foram definidas. De acordo com a diretoria, os detentos cumprem pena em regime semiaberto e cometeram delitos "leves".
Pelo acordo, o Corinthians também cederá as dependências do clube, às segundas e às terças-feiras, para a prática esportiva por parte de adolescentes infratores, internos da Fundação Casa. Eles serão previamente indicados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e pelo órgão que cuida dos menores.


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