São Paulo, domingo, 20 de março de 2011

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JUCA KFOURI

Surpresas da Taça


Em vez de Fluminense e Santos, Cruzeiro e Inter é quem dão as cartas na Libertadores


OS CAMPEÕES do Brasileirão e da Copa do Brasil passados não estão mortos, mas preocupam além da conta quanto à sobrevivência na principal competição do continente americano.
De fato, Fluminense e Santos decepcionam, incapazes de vencer no Engenhão e na Vila Belmiro, razão pela qual amargam a incerteza sobre o futuro.
Já Cruzeiro e Inter nadam de braçada, invictos e capazes de boas apresentações.
Aliás, separemos os mineiros dos gaúchos.
Não só porque a campanha cruzeirense é simplesmente espetacular como porque a dos colorados era previsível, dada a fragilidade dos rivais.
A única preocupação do Cruzeiro neste momento deve ser, sem botar o carro adiante dos bois, com o palco de uma possível final.
Porque parece claro que o Cruzeiro achou não apenas o seu melhor futebol, mas, também, o alçapão adequado para triturar seus rivais, por quatro, por cinco e por seis gols.
A Arena do Jacaré pode mudar de nome para Arena da Raposa, e a questão que se estabelece é a de pensar sobre se o estádio de Sete Lagoas seria palco do desastre de dois anos atrás, no Mineirão, quando o time brasileiro perdeu a final para o Estudiantes.
Mas o estádio não poderá receber uma eventual final, pois tem a metade da capacidade exigida, de 40 mil torcedores.
E, nestas coisas, a Conmebol tem sido radical.
Tanto que obrigou o Furacão a levar para Porto Alegre, em 2005, o primeiro dos jogos finais contra o São Paulo, porque a Arena da Baixada não abrigava tanta gente.
Restará ao Cruzeiro, como alternativa nas Minas Gerais, jogar no Parque do Sabiá, em Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro, mais influenciado pelo futebol paulista e carioca.
Tudo bem que é ainda cedo para sonhar, mas não para planejar, ver condições do gramado etc.
Por enquanto, é manter essa toada, que parece ter até amadurecido o temperamento de Roger, um ex-ex-jogador em atividade, agora capaz de brilhar sem faniquitos infantis, talvez porque veja em Montillo o perfeito equilíbrio entre o futebol refinado e o senso profissional.
Que Cuca possa continuar nesta fase brilhante, na qual não só o Estudiantes já conheceu um pouco do gosto de um ensaio de revanche como o Tolima foi posto em seu devido lugar, depois de quase derrotar o próprio Cruzeiro na Colômbia.

blogdojuca@uol.com.br


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