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BASQUETE
Com mesmo mecenas, Ajax e Uberlândia fazem 1ª decisão nacional no torneio sul-americano
"Irmãos" brasileiros duelam em final da Liga
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Equipes mantidas pelo mesmo
patrocinador, Ajax e Uberlândia
iniciam hoje, em Goiânia, a decisão da Liga Sul-Americana. Será a
primeira final da história entre
dois times brasileiros -o duelo
será em melhor de cinco jogos.
O clube goiano e o mineiro são
patrocinados pelo Grupo Universo (Universidade Salgado de Oliveira), que também banca outra
equipe no Nacional, o Brasília.
A final entre os times da instituição de ensino também é inédita.
O Universo nunca pôs duas equipes suas em decisão de Nacional.
"Nosso patrocinador está contente. Prometi ao Wellington
[Salgado de Oliveira, presidente
da empresa] que ficaríamos entre
os três melhores da Liga e entre os
quatro do Nacional. Na pior das
hipóteses sou vice-campeão da
Liga. Estou no lucro", brinca Márcio Andrade, 45, técnico do Ajax.
O treinador credita a ausência
dos argentinos na final ao momento vivido pelo país vizinho.
"Os grandes jogadores deles estão no mercado externo. Acho
que o Brasil irá viver o mesmo
processo daqui a uns quatro ou
cinco anos", afirma Andrade.
De fato, a Liga, surgida em 1996,
sempre teve ao menos um time
argentino na decisão. Em 2001,
dois deles disputaram o título,
que ficou com o Estudiantes Olavarria, que superou o Gimnasia
Rivadavia na série final por 3 a 1.
Nos confrontos diretos em finais, os arqui-rivais ainda têm
amplo domínio: levantaram cinco troféus em cima de equipes nacionais, contra só duas derrotas.
O treinador brasileiro que mais
sofreu nas mãos dos argentinos é
justamente quem comanda o
Uberlândia hoje. Hélio Rubens
atinge sua quinta decisão na Liga.
Ele festejou um título, em 2000,
com o Vasco. Três vezes, porém,
ficou com o vice: Franca (1998),
Vasco (2002) e Uberlândia (2004).
Apesar de ter maior experiência, Hélio Rubens afirma não ter
vantagem em relação ao concorrente, que até hoje só dirigiu equipes em finais do Estadual do Rio.
"O basquete é muito dinâmico.
Tenho consciência do quanto ainda tenho que aprender", destaca o
treinador, que costuma usar os
ensinamentos das quadras também em palestras para empresas.
"Minha fala para os dois públicos é muito parecida. Uma agremiação esportiva tem tudo a ver
com qualquer empresa. Ambos
têm adversários, objetivos a serem alcançados e têm que cultivar
o espírito de grupo", ensina.
NA TV - ESPN Brasil, ao vivo, a partir das 20h30
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