São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Muricy, do Inter, ponteia o "conclave" são-paulino

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo resolveu recorrer à forma de escolha do Vaticano para definir o novo papa para ilustrar a situação do clube na busca de um sucessor para o técnico Emerson Leão, que se demitiu.
E o nome que encabeça a preferência da diretoria é Muricy Ramalho. "Estamos ainda estudando um perfil para o treinador que vai chegar. Será um conclave que vai escolher esse nome. Agora vamos torcer para que a fumaça branca apareça logo", afirmou o superintendente de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha.
Ontem, na Basílica de São Pedro, a fumaça branca "anunciou" o novo papa -o cardeal alemão Joseph Ratzinger. No entanto, no Morumbi, o suspense deve ainda durar mais alguns dias.
A preferência por Muricy Ramalho não é escondida pela diretoria, que procura, além de um técnico competente, um profissional que tenha uma identidade com o clube do Morumbi.
"O Muricy é um nome que vai ser sempre lembrado quando o São Paulo ficar sem treinador. Tem uma história aqui. Mas a definição deve demorar um pouco", disse o dirigente são-paulino.
O presidente Marcelo Portugal Gouvêa e o diretor Juvenal Juvêncio seguem hoje com o time para o Chile, mas já autorizaram o início das negociações para tentar tirar Muricy do Internacional. A idéia é dar ao treinador o mesmo salário que Leão recebia no Morumbi (perto de R$ 140 mil).
Apesar de estar bem no Sul, onde se sagrou campeão gaúcho, Muricy não escondeu a vontade de voltar a trabalhar em São Paulo. "Não se pode desprezar uma proposta do São Paulo. É um sonho. Quando saí, prometi que um dia voltaria. Mas tudo tem que ser feito com tranqüilidade."
Mas se Muricy é o nome de preferência, o clube também tem outros candidatos. Toninho Cerezo, que hoje trabalha no Japão, também está cotado, mas a diretoria considera um profissional caro.
Apesar de correr contra o tempo, Marco Aurélio afirmou que o clube confia no potencial da sua comissão técnica. "No Brasil não existem tantos profissionais capacitados. Temos muitos treinadores emergentes. Os quatro melhores técnicos daqui não estão disponíveis. Felipão e Luxemburgo estão na Europa, Parreira dirige a seleção brasileira, e o Leão está saindo agora", analisou ele.
Em relação à comissão técnica, Pedro Santilli, que chegou ao clube com Leão e estava trabalhando como preparador de goleiros, deve deixar o clube. "Acredito que ele deva acompanhar o Leão no Japão", disse Marco Aurélio.


Texto Anterior: Presidente diz que trará mais dois "Juninhos"
Próximo Texto: O personagem 1: Leão responde com ironia às críticas de Falcão
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.