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questão de honra
Palmeiras ataca o trator são-paulino
Time do Parque Antarctica tem questões históricas para superar hoje o rival que mais o castiga e ir à decisão do Estadual
Sucessos recentes do São Paulo, algoz palmeirense em várias frentes, poderá culminar neste ano com um empate em títulos paulistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Pode até não ser a "final antecipada" do Campeonato Paulista, mas Palmeiras e São Paulo vão a campo hoje no Parque
Antarctica, às 16h, para uma
decisão ainda maior, épica.
Estará em jogo, em grande
parte, a trajetória histórica dos
rivais, que jamais estiveram
empatados em número de títulos paulistas, o que pode ocorrer neste ano se os são-paulinos
acabarem com o troféu -a final
será contra um time do interior, que entra como "zebra".
Desconsiderando o Paulista
de 1931, ganho pelo apelidado
São Paulo da Floresta, e o Supercampeonato de 2002, não
reconhecido pela federação como o Paulista daquele ano, o time do Morumbi detém 20 Estaduais, um a menos que o Palmeiras, campeão desde 1920,
ainda como Palestra Itália.
Quando o São Paulo atual ganhou seu primeiro Paulista, em
1943, o Palmeiras, com o nome
de hoje, ostentava já nove títulos do torneio estadual. Duas filas palmeirenses, entre 1976 e
1993 e entre 1996 e agora, permitiram ao São Paulo encostar
no rival em número de taças
domésticas, uma das poucas
disputas entre eles que ainda
têm o Palmeiras na frente.
Nas últimas décadas, o São
Paulo colecionou seguidos sucessos e deixou o rival alviverde
para trás em troféus internacionais e conquistas do Brasileiro. Além disso, rivaliza e por
vezes ultrapassa, segundo o Datafolha, o alviverde em número
de torcedores, algo difícil de
imaginar no início dos anos 80.
No confronto direto entre os
times, o São Paulo também passou a ter vantagem, tendo inclusive eliminado o rival em
mata-matas em 10 dos 11 confrontos do tipo, pelas mais diversas disputas, desde 1987.
Nem mesmo no Parque Antarctica o Palmeiras tem conseguido parar o adversário, que
venceu 3 dos últimos 4 jogos
contra o rival em seu campo
-não perdeu no estádio palestrino neste século, que vê um
jejum palmeirense na elite.
No domingo passado, o São
Paulo superou o favoritismo
palmeirense e venceu por 2 a 1,
quebrando uma série de 12 jogos sem derrota do rival no Estadual (a Taça dos Invictos do
Paulista segue no Morumbi).
Por isso, a equipe tricolor pode
ampliar a fila do Palmeiras hoje
à tarde até com um empate.
Um Paulista que desde o início parecia uma obsessão para
o Palmeiras e um treino de luxo
para o São Paulo chega à reta final com os dois gigantes em rota de colisão até fora de campo.
A diretoria são-paulina, normalmente elogiada por uma série de iniciativas e por seu planejamento (algo agora contestado), vê a cartolagem palmeirense, apoiada por um fundo de
investimentos e uma cara comissão técnica, desafiá-la em
termos de gerenciamento.
Porém, mais até que o investimento em estrutura e profissionais que os palmeirenses fizeram nesta temporada, a história será colocada em jogo hoje contra o São Paulo.
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