São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009

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Florianópolis faz mapa do Minas e ganha Superliga

Terceiro título nacional da equipe vem depois da melhor campanha no torneio e contundentes 3 sets a 0 na decisão

Pontos fortes do Minas, como o ataque pelo meio de rede, são anulados por campeões, que estudaram time adversário à exaustão

MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Marcos Pacheco encerrou a preleção para seus atletas anteontem à noite e avisou: quem não conseguisse dormir poderia ir a seu quarto, pois ele com certeza estaria acordado.
Os atletas aproveitaram a deixa. Com os travesseiros embaixo do braço, bateram todos à sua porta, altas horas da noite.
A brincadeira às vésperas da decisão do título da Superliga de vôlei era um retrato de como estava a equipe. Apesar do nervosismo, os jogadores estavam soltos. Haviam estudado o rival à exaustão. Podiam vencer.
Foi assim que o Florianópolis entrou no Maracanãzinho, no Rio, ontem. E, com atuação tática precisa, conquistou o seu terceiro título nacional.
O placar dá a dimensão da superioridade do time diante do Minas: 3 sets a 0 (29/27, 25/16 e 25/18) em uma hora e 33 minutos. O título coroou a equipe com melhor campanha durante toda a competição, com apenas três derrotas.
"Eu estava muito nervoso ontem à noite [anteontem] e antes do jogo. Cada final você sente de um jeito, mas eu sabia que a gente tinha todas as condições de ganhar", afirmou Bruno, com medalha no peito.
Até o levantador poder relaxar, no entanto, os dois times passaram por momentos bastante tensos em quadra.
O Minas começou arrasador, defendendo bem, e abriu 5 a 0. A equipe continuou à frente até que o Florianópolis se estabilizou e empatou em 9 a 9. A partir daí, o jogo ficou parelho.
"A gente conseguiu voltar para o rumo, deixar passar o nervosismo inicial e anular todos os pontos fortes deles que tínhamos estudado", afirmou o técnico Marcos Pacheco.
Uma das armas do Minas é o ataque pelo meio da rede, principalmente com os centrais André Heller e Henrique. Então, o Florianópolis caprichou no saque para dificultar a recepção. Sem o passe na mão, o levantador mineiro foi obrigado a diminuir suas opções de ataque.
"Isso facilitou o trabalho do nosso bloqueio, que é bem alto [Lucas, 2,09 m, e Éder, 2,05 m]. Mas, além de marcar pontos diretos, a gente conseguiu amortecer várias bolas e trabalhar melhor os contra-ataques", explicou Marcos Pacheco.
O Minas não conseguiu sair da armadilha rival. No primeiro set, Mauro Grasso fez alterações e equilibrou a partida. Mas, após perder por 29 a 27, o time não voltou a jogar bem.
"Faltou colocar em quadra o que vínhamos fazendo na competição. Após o primeiro set, ficamos falando só da parte psicológica e deixamos de lado a parte técnica", resumiu Heller.


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