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Florianópolis faz mapa do Minas e ganha Superliga
Terceiro título nacional da equipe vem depois da melhor campanha no torneio e contundentes 3 sets a 0 na decisão
Pontos fortes do Minas, como o ataque pelo meio de rede, são anulados por campeões, que estudaram time adversário à exaustão
MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Marcos Pacheco encerrou a
preleção para seus atletas anteontem à noite e avisou: quem
não conseguisse dormir poderia ir a seu quarto, pois ele com
certeza estaria acordado.
Os atletas aproveitaram a
deixa. Com os travesseiros embaixo do braço, bateram todos à
sua porta, altas horas da noite.
A brincadeira às vésperas da
decisão do título da Superliga
de vôlei era um retrato de como
estava a equipe. Apesar do nervosismo, os jogadores estavam
soltos. Haviam estudado o rival
à exaustão. Podiam vencer.
Foi assim que o Florianópolis entrou no Maracanãzinho,
no Rio, ontem. E, com atuação
tática precisa, conquistou o seu
terceiro título nacional.
O placar dá a dimensão da superioridade do time diante do
Minas: 3 sets a 0 (29/27, 25/16 e
25/18) em uma hora e 33 minutos. O título coroou a equipe
com melhor campanha durante toda a competição, com apenas três derrotas.
"Eu estava muito nervoso
ontem à noite [anteontem] e
antes do jogo. Cada final você
sente de um jeito, mas eu sabia
que a gente tinha todas as condições de ganhar", afirmou
Bruno, com medalha no peito.
Até o levantador poder relaxar, no entanto, os dois times
passaram por momentos bastante tensos em quadra.
O Minas começou arrasador,
defendendo bem, e abriu 5 a 0.
A equipe continuou à frente até
que o Florianópolis se estabilizou e empatou em 9 a 9. A partir daí, o jogo ficou parelho.
"A gente conseguiu voltar para o rumo, deixar passar o nervosismo inicial e anular todos
os pontos fortes deles que tínhamos estudado", afirmou o
técnico Marcos Pacheco.
Uma das armas do Minas é o
ataque pelo meio da rede, principalmente com os centrais André Heller e Henrique. Então, o
Florianópolis caprichou no saque para dificultar a recepção.
Sem o passe na mão, o levantador mineiro foi obrigado a diminuir suas opções de ataque.
"Isso facilitou o trabalho do
nosso bloqueio, que é bem alto
[Lucas, 2,09 m, e Éder, 2,05 m].
Mas, além de marcar pontos diretos, a gente conseguiu amortecer várias bolas e trabalhar
melhor os contra-ataques", explicou Marcos Pacheco.
O Minas não conseguiu sair
da armadilha rival. No primeiro
set, Mauro Grasso fez alterações e equilibrou a partida.
Mas, após perder por 29 a 27, o
time não voltou a jogar bem.
"Faltou colocar em quadra o
que vínhamos fazendo na competição. Após o primeiro set, ficamos falando só da parte psicológica e deixamos de lado a
parte técnica", resumiu Heller.
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