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JUCA KFOURI
Às finais
O Flamengo tem de fazer
das tripas coração hoje à noite no Olímpico.
E Júnior Baiano que se
acautele. Se repetir 10% do
que fez na Fla-Flu é bem capaz de não sair inteiro de Porto Alegre.
O Grêmio é incomparavelmente mais forte que o Flamengo, mas deve haver um
limite para o desgaste a que
vem sendo submetido.
De todo jeito, Paulo Nunes é
carta marcada e deve deixar
seu gol, o máximo que os cariocas podem aceitar para ter
chance no Rio.
Em compensação, o tricolor
mais campeão dos últimos
tempos tem de olhar para Romário como se fosse a peste, só
porque ele é a peste.
Na hipótese de o Mengo sair
com um resultado bom do
Olímpico, o Maracanã lotado
na quinta-feira tem tudo para
devolver ao futebol carioca a
alegria que o seu campeonato
estadual impede.
E se todas as irresponsáveis
previsões acima forem desmentidas pelos fatos, o futebol
agradecerá mais uma vez.
A se lamentar, apenas, que
finais tão esperadas venham a
acontecer no curto espaço de
48 horas, algo que só pode ser
concebido nos gabinetes infectados da CBF.
A revista "Imprensa" está
chegando às bancas com uma
pesquisa do Instituto Gallup
sobre os preferidos do público
na TV esportiva.
Em São Paulo, Galvão Bueno é o locutor campeoníssimo,
com 62,5% das preferências,
seguido por Sílvio Luís, com
12,8%.
Roberto Thomé, da Globo, é
o repórter preferido, com
27,6%, seguido por Eli Coimbra, da Record, com 15%.
Os próprios editores da revista lamentam ter esquecido
de pôr Tino Marcos na lista.
Entre os comentaristas,
mais dois globais: Paulo Roberto Falcão, com 24,5%, e
Reginaldo Leme, com 13,8.
Globo é Globo, sem dúvida.
O segundo comentarista de
futebol indicado foi Mário
Sérgio, com 11,2% e, aqui,
uma surpresa, pelo menos para esta coluna: Tostão teve só
6,2 das indicações.
Outra surpresa: entre os programas de debate, a "Mesa
Redonda" da Gazeta ganhou
do "Cartão Verde" por 30,5%
a 16,3%, algo que não reflete a
audiência registrada pelo Ibope, normalmente empatada
entre ambos.
Segundo a revista, a diferença se explica porque o primeiro é o preferido entre os jovens
de classe C, e o programa da
Cultura tem uma fidelidade
maior na classe A, ambos os
sexos, de 30 a 49 anos.
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