São Paulo, terça, 20 de maio de 1997.



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JUCA KFOURI
Às finais

O Flamengo tem de fazer das tripas coração hoje à noite no Olímpico.
E Júnior Baiano que se acautele. Se repetir 10% do que fez na Fla-Flu é bem capaz de não sair inteiro de Porto Alegre.
O Grêmio é incomparavelmente mais forte que o Flamengo, mas deve haver um limite para o desgaste a que vem sendo submetido.
De todo jeito, Paulo Nunes é carta marcada e deve deixar seu gol, o máximo que os cariocas podem aceitar para ter chance no Rio.
Em compensação, o tricolor mais campeão dos últimos tempos tem de olhar para Romário como se fosse a peste, só porque ele é a peste.
Na hipótese de o Mengo sair com um resultado bom do Olímpico, o Maracanã lotado na quinta-feira tem tudo para devolver ao futebol carioca a alegria que o seu campeonato estadual impede.
E se todas as irresponsáveis previsões acima forem desmentidas pelos fatos, o futebol agradecerá mais uma vez.
A se lamentar, apenas, que finais tão esperadas venham a acontecer no curto espaço de 48 horas, algo que só pode ser concebido nos gabinetes infectados da CBF.

A revista "Imprensa" está chegando às bancas com uma pesquisa do Instituto Gallup sobre os preferidos do público na TV esportiva.
Em São Paulo, Galvão Bueno é o locutor campeoníssimo, com 62,5% das preferências, seguido por Sílvio Luís, com 12,8%.
Roberto Thomé, da Globo, é o repórter preferido, com 27,6%, seguido por Eli Coimbra, da Record, com 15%.
Os próprios editores da revista lamentam ter esquecido de pôr Tino Marcos na lista.
Entre os comentaristas, mais dois globais: Paulo Roberto Falcão, com 24,5%, e Reginaldo Leme, com 13,8. Globo é Globo, sem dúvida.
O segundo comentarista de futebol indicado foi Mário Sérgio, com 11,2% e, aqui, uma surpresa, pelo menos para esta coluna: Tostão teve só 6,2 das indicações.
Outra surpresa: entre os programas de debate, a "Mesa Redonda" da Gazeta ganhou do "Cartão Verde" por 30,5% a 16,3%, algo que não reflete a audiência registrada pelo Ibope, normalmente empatada entre ambos.
Segundo a revista, a diferença se explica porque o primeiro é o preferido entre os jovens de classe C, e o programa da Cultura tem uma fidelidade maior na classe A, ambos os sexos, de 30 a 49 anos.



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