São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 2002

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BASQUETE

País, que derrotou Espanha por 11 a 7 na votação final, abrigou campeonato feminino pela última vez em 1983

Brasil será sede de Mundial após 23 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil vai ser a sede do 15º Mundial feminino de basquete, em setembro de 2006.
A decisão foi anunciada ontem, após reunião do conselho da Fiba (Federação Internacional de Basquete), em Genebra, na Suíça.
Na votação que definiu a sede de 2006, o Brasil venceu a Espanha por 11 a 7 na disputa final.
O presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Gerasime Bozikis, o Grego, que participou da reunião e da festa dos 70 anos em homenagem à fundação da Fiba, informou que também participaram da disputa pela competição França, República Tcheca, Itália e Eslováquia.
A última vez que o país havia abrigado um Mundial feminino havia sido em 1983, quando os jogos aconteceram em São Paulo.
Antes disso, dois Mundiais masculinos (ambos no Rio, em 1954 e 1963) e dois femininos (no Rio, em 1957, e em São Paulo, em 1971) foram disputados no Brasil.
Dois Mundiais juvenis (masculino, em 1971, em Salvador, e feminino, em 1997, em Natal) também aconteceram no país.
Entre as mulheres, o melhor resultado em seus domínios aconteceu na disputa de 1971, com a conquista da medalha de bronze.
O grande desempenho da seleção, porém, aconteceu bem longe de casa. Em 1994, na Austrália, a equipe, que contava com Hortência e Paula, foi campeã.
De acordo com a Fiba, as partidas em setembro de 2006 serão disputadas em cinco cidades: Rio, São Paulo, Mogi das Cruzes (SP), Jundiaí (SP) e Belo Horizonte.
""É uma ótima oportunidade de atrair patrocinadores para incentivar o basquete feminino", disse Antônio Carlos Barbosa, técnico da seleção. ""Isso prova que temos condições de continuar disputando as primeiras colocações."
Nas duas últimas Olimpíadas, o Brasil foi ao pódio. Foi medalha de prata em Atlanta-96, ainda contando com Paula e Hortência, e de bronze em Sydney-2000.
No Mundial de Berlim, em 1998, as brasileiras terminaram na quarta colocação.
Com bom desempenho nas últimas competições internacionais, o Brasil abriu seu mercado e hoje tem jogadoras na França, na Itália, na Espanha e na Eslováquia.
Nos EUA, nesta temporada da WNBA, o Brasil tem o recorde de oito atletas. Além de Janeth, Claudinha, Kelly, Cíntia Tuiú, Helen e Adrianinha, que atuaram na temporada passada, o grupo conta com as estréias de Erika e Iziane.
A 14ª edição do Mundial acontece de 14 a 25 de setembro, na China. A seleção está no Grupo B, junto com a equipe da casa, Senegal e Iugoslávia.



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