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Justiça exclui preferido de Rodrigo Pessoa do Pan
Liminar põe Vitor Alves Teixeira na equipe de hipismo; confederação recorrerá
"Europeu" Pedro Veniss
havia sido confirmado no
sábado para estar nos Jogos
mesmo sem ter passado por
competições classificatórias
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
A Justiça comum excluiu o
cavaleiro tido como "inquestionável" por Rodrigo Pessoa,
campeão olímpico em 2004, da
equipe de saltos do Pan e pôs
Vitor Alves Teixeira no time.
Cabe recurso da decisão.
No sábado, Pedro Veniss foi
confirmado pela chefe de equipe, Lúcia Santa Cruz, que viajou a Cannes (França) para
acompanhar o desempenho do
"europeu", convocado por critério subjetivo. Ele não disputou as seletivas no Brasil.
Ontem, Teixeira obteve liminar à medida cautelar pela qual
questionava o índice técnico
nas seletivas do hipismo para
os Jogos. Sem a "nota de corte"
de 28 pontos perdidos, o cavaleiro garante vaga no Pan.
Nas seletivas, encerradas no
dia 3, apenas César Almeida ficou abaixo do teto de pontuação. Restaram duas vagas
-além de Veniss, foi chamada
Karina Johannpeter, terceira
colocada no classificatório. Teixeira tinha ficado em segundo.
A CBH (Confederação Brasileira de Hipismo) anunciou o
índice técnico em 9 de abril, 40
dias antes do início das seletivas, o que contraria o Estatuto
do Torcedor. A lei prevê prazo
máximo de 45 dias anteriores à
competição para alteração na
regra de disputa.
Rodrigo Pessoa e Bernardo
Alves estavam pré-classificados desde fevereiro, quando a
CBH excluiu provas na Europa
como classificatórias para o
Pan e estabeleceu São Paulo e
Rio como sedes das seletivas.
A decisão desagradou a Pessoa e aos cavaleiros brasileiros
radicados na Europa, como Veniss. Em março, Pessoa anunciou que não iria ao Pan. Mudou de idéia no último dia 8,
cinco dias após a seletiva.
"A Justiça fez valer o que estava escrito no regulamento
[em fevereiro]. Fez justiça a um
cavaleiro que foi à pista, foi
competitivo e, de repente, viu a
regra mudada. Já me sinto vencedor mesmo se houver recurso [da CBH]", disse Teixeira.
Segundo o presidente da
CBH, Mauricio Manfredi, a
medida cautelar continha "inverdades". "Dizia que a decisão
de instituir o índice técnico foi
única do presidente. Ouvi o departamento técnico e o diretor
de saltos. Essa liminar não é
digna de preocupação. Essas
inverdades serão facilmente
comprovadas", afirmou.
De acordo com a liminar deferida pela juíza Maria Cristina
de Brito Lima, da 5ª Vara Cível
Regional da Barra, no Rio, a entidade terá de pagar multa de
R$ 50 mil a cada dia de descumprimento da decisão.
A Folha procurou Rodrigo
Pessoa, mas seu empresário,
André Beck, disse que ele não
se pronunciaria. A reportagem
foi informada de que Veniss
dormia na hora em que foi procurado por telefone. Ele mora
na Bélgica, com cinco horas a
mais de fuso horário.
Lúcia Santa Cruz, ainda em
Cannes, disse que só falaria sobre o caso hoje, quando deve
chegar a São Paulo.
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