São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 2008

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Painel FC

RICARDO PERRONE - painelfc.folha@uol.com.br

De dentro para fora

"O Dunga deveria ter colocado o Pato no lugar do Robinho." A frase é de Júlio Baptista, cornetando o técnico numa conversa em seu celular com um amigo, no aeroporto de Belo Horizonte, antes do embarque.
A crítica reflete o pensamento de outros jogadores da seleção. Discordam da maneira como o treinador escala. Mas não ousam questioná-lo. Situação semelhante à vivida por Carlos Alberto Parreira na Copa de 2006. Também na cúpula da CBF, a implicância é com atletas que o técnico insiste em convocar.

Monarquia. Enquanto assistia a Brasil x Argentina, Pelé implicou com a ajuda de Adriano à defesa nas jogadas de bola parada, rotina para atacantes altos. Dizia que ele tinha de ficar adiantado para puxar os contra-ataques.

Goleada. Júlio César e Júlio Baptista esbanjaram animação numa festa na boate naSala, em Belo Horizonte, após o empate com a Argentina. Teve torcedor resmungando que não combinava com o momento da seleção.

Fim da linha. Alto cartola corintiano aposta que Felipe não voltará a vestir a camisa da equipe. E arrisca dizer que, em breve, ele será emprestado. O cenário ideal é o empréstimo para um time da Série A. Ele seria mais exigido do que na Série B e ficaria valorizado para uma venda.

Ligado. Felipe se controla ao falar publicamente sobre seu afastamento, mas confidentes do goleiro dizem que ele sente-se "sacaneado" pela diretoria e pelo técnico.

"Head hunter". Cartola santista tomou a iniciativa de sondar o volante Marcos Assunção, que está sem clube e flerta com o Flamengo. O assunto será analisado pelo presidente Marcelo Teixeira.

Salvador. Cartola palmeirense conta que um dirigente usou seu prestígio num banco para conseguir dinheiro a fim de pagar salários atrasados.

Fora do mapa. Carlos Mira pediu demissão da diretoria de marketing do Palmeiras, sua exclusão do conselho e do quadro de sócios. Affonso della Monica não conseguiu fazê-lo mudar de idéia.

Mala. Mira não queria falar com a coluna. Mas falou: "Virei persona non grata porque fazia perguntas desconfortáveis, como "onde está o contrato?'". Saiu chateado por não ser chamado para reuniões importantes. Fora do clube, não irá para a oposição.

Torcedor. Representante do Barcelona que veio ao Brasil viu a seleção brasileira em BH, mas foi embora sem falar com o São Paulo sobre Hernanes. Achou que não seria bem recebido, a menos que topasse pagar a multa rescisória.

Agrado. Hernanes tem sido aconselhado a exigir que o São Paulo passe a lhe pagar 1 milhão por ano. É cerca de sete vezes mais do que ganha e a metade do que agentes dizem ser a oferta espanhola.


Colaboraram PAULO COBOS, enviado especial a Belo Horizonte, e EDUARDO ARRUDA, da Reportagem Local

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