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Solução não é padre ou psicóloga, diz Geninho
Para treinador do Corinthians, time só vai sair da crise com vitória em campo
Após 69 dias longe do clube, Tevez faz 1º treino com bola e não tem tarja de capitão assegurada para o jogo de sábado, contra o Fortaleza
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
O treinador do Corinthians,
Geninho, diz que a única alternativa para o time sair da crise é
vencer. Para ele, que ontem comandou seu primeiro treino
com a presença de Tevez, que
não tem assegurada a tarja de
capitão no sábado, "não adianta
padre nem psicóloga".
O discurso é distinto do diagnóstico apresentado por ele
após a derrota para o Palmeiras
e repetido por Kia Joorabchian,
presidente da parceira MSI: o
de que o maior problema era a
falta de confiança. Alguns clubes recorrem a profissionais
para, via estratégias motivacionais, "sacudir" os atletas.
Agora, a principal dificuldade
é a seca de gols, que o treinador
identificou como o principal fator para explicar a série de seis
derrotas consecutivas.
Para ajudar a resolvê-lo, Geninho aposta em Tevez, apesar
de o time ter média de gols praticamente igual nas partidas
em que ele esteve ausente do
que quando o argentino atuou.
O principal ídolo do time,
que retornou anteontem ao
clube após 69 dias longe, teve
ontem o primeiro contato com
Geninho no campo.
Eles só haviam conversado
anteriormente no escritório de
Kia e por telefone, quando o jogador teve as folgas pós-Copa
ampliadas -o que motivou a ira
de dirigentes do clube, que atribuíram a liberação ao presidente da parceira corintiana.
Geninho diz que ficou satisfeito com o primeiro contato.
"Ele me pareceu muito bem e
se colocou à disposição para o
jogo do sábado. Foi muito
bom", afirmou o treinador, que,
contudo, não confirmou se Tevez será capitão da equipe, status que tinha antes da Copa.
"O capitão hoje não manda
mais nada. Tenho que ter cuidado para quem eu der a braçadeira, porque, se o jogador falar
demais com a arbitragem, pode
até acabar expulso", declarou o
treinador, sem informar quem
ficará com a tarja no sábado.
Preocupado com a dificuldade em armar o ataque, já que
não terá Nilmar (contundido) e
Rafael Moura (suspenso), assim como Carlos Alberto, que
seria improvisado no setor, Geninho descartou os jovens Daniel ou Igor. "É complicado colocar um garoto na fogueira."
A fogueira a que se referiu
Geninho, segundo ele, só vai
acabar quando o time vencer.
"A meninada está sentindo a
pressão, e não adianta chamar
padre ou psicóloga. Não acredito em sorte ou azar. A melhor
psicóloga do grupo será a vitória", completou o treinador,
que também pediu empenho
para os torcedores corintianos.
Além de negar que tenha
posto seu cargo à disposição
após perder para o Palmeiras,
ele aproveitou para elogiar a
torcida e solicitar apoio contra
o Fortaleza. "A torcida tem toda a razão de reclamar, mas, se
pegar o time no colo e nos
apoiar, nos ajudará muito. Caso
contrário, vai jogar a favor do
rival, mesmo estando no direito de expressar insatisfação. Os
torcedores podem ser o centroavante que eu perdi. Quando
atleta, sabia a dificuldade de desafiar o Corinthians e seus fãs."
Ao menos ontem, a torcida,
que já havia protestado no último treinamento antes do clássico, não criticou o time, como
alguns integrantes da Gaviões
da Fiel pensavam em fazer.
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