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Brasil falha na hora da decisão e leva a prata
Time feminino desperdiça seis match
points e é batido por Cuba no tie-break
Mais tranqüilas, cubanas,
arqui-rivais das brasileiras,
fazem defesas incríveis na
disputa mais emocionante
dos Jogos do Rio até aqui
MARIANA LAJOLO
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
A bola, de novo, não caiu. A
seleção feminina de vôlei voltou a falhar nos momentos decisivos e deixou escapar o ouro
dos Jogos Pan-Americanos.
Aguerrida durante todo o jogo, a equipe desperdiçou seis
match points contra a Cuba e se
viu novamente sob o fantasma
da Olimpíada de Atenas-2004.
"A gente precisa saber decidir. Faltou isso", reconheceu a
ponta Sassá, olhos marejados
após a premiação. O Pan seria o
primeiro título de expressão
dessa geração em casa.
Nos Jogos da Grécia, a equipe
chegou a abrir 24 a 19 no quarto
set das semifinais, mas deixou a
Rússia virar e caiu no tie-break
-acabou até sem o bronze,
após derrota para Cuba.
Ontem, houve oportunidades para fechar a partida, na
quarta parcial e no tie-break.
Mas, ansiosa, a equipe se embananou em quadra e falhou.
Mais determinadas, as cubanas fizeram defesas incríveis,
viraram e fecharam em 25/27,
25/ 22, 22/25, 34/32 e 17/15. Os
EUA conquistaram o bronze.
"Todo mundo queria o ouro,
mas a prata não é de se jogar fora. Faltou uma bola, que não
caiu", lamentou Sheilla, maior
pontuadora, com 25 pontos.
Na véspera do confronto, a
oposto havia dito que a rivalidade com Cuba era assunto sério. Ontem, no entanto, foi Paula Pequeno quem bateu boca
com Nancy Carrillo na rede.
"Aquilo foi do jogo, não atrapalhou. Se eu soubesse o que
deu errado, estaríamos com o
ouro", afirmou a ponta.
Abatidas, as jogadoras receberam a medalha do governador do Rio, Sérgio Cabral.
Fofão, 37, passou toda a cerimônia de premiação de cabeça
baixa e chegou para a entrevista ainda aos prantos. "Não estou decepcionada, mas a sensação é a pior possível. Queria
muito esse título. O time demonstrou muita força de vontade, mas, novamente, faltou
alguma coisa", afirmou a levantadora, remanescente do grupo
que conquistou o ouro em Winnipeg-1999. O Brasil possui três
títulos em Pans -venceu também em 1959 e 1963.
Sob o comando de Zé Roberto, o Brasil soma 12 títulos em
16 torneios. Os tropeços aconteceram nos torneios mais importantes: Olimpíada, Mundial
e Copa do Mundo, além do Pan.
O treinador não crê que isso é
um problema. "Já vimos equipes que tiveram match point
não fecharem o jogo. Não é um
"privilégio" do Brasil. Uma hora
a gente tem sorte, outra não."
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