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Equipe em crise fica em 2º plano no Corinthians
Há 6 jogos sem vencer, técnico e atletas não sofrem pressão,
mas Felipe adverte que "paciência do torcedor tem limite'
Diretoria, oposição a atual
gestão e torcida se mostram
mais preocupados com o
futuro político do clube, que
pode afastar Alberto Dualib
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
Seis jogos seguidos sem vencer são suficientes para que técnicos de qualquer time grande
no Brasil tenham seu trabalho
contestado. Se o desempenho
na temporada já não é digno de
aplausos, a cabeça do treinador
passa a ficar a prêmio.
No Corinthians, casos como
esse ganham proporções gigantescas. Mas não atualmente.
Dirigentes e torcedores têm
se mostrado mais preocupados
com o que acontece fora de
campo do que com os pífios resultados dentro dele.
Mesmo com o jejum, um ataque que marcou apenas oito
gols em 11 duelos, uma defesa
que anteontem sofreu pela primeira vez três gols em um jogo
neste Brasileiro e já flertando
com a zona de rebaixamento (é
o 16º colocado, o primeiro fora
da faixa de degola), o time não
vive pressão pela qual já passou
em outros tempos, mesmo com
campanhas menos irregulares.
No clube, a prioridade do
momento é a reunião do Conselho Deliberativo do próximo
dia 24, que discutirá o futuro da
parceria com a MSI e pode deliberar sobre a permanência do
presidente Alberto Dualib.
Apesar de já haver insatisfação com Carpegiani, não há
ainda um movimento consistente para que seja providenciada sua demissão.
"Pelo contrário. Não tem nada a ver. O time ontem [anteontem] jogou bem até o juiz dar
aquele pênalti", disse o vice de
futebol, Rubens Gomes.
Outros técnicos não tiveram
essa mesma sorte. Em 2005,
por exemplo, Márcio Bittencourt foi dispensado com o time vice-líder do Brasileiro.
A torcida também está com a
cabeça nos bastidores. Nos últimos jogos em casa, mesmo sem
ver vitórias, parte das arquibancadas tem concentrado as
críticas no presidente.
Ontem, no retorno a São
Paulo depois da derrota para o
Internacional por 3 a 0, a delegação não teve recepção com
protestos. Pelo contrário. Os
poucos corintianos que estavam no desembarque do aeroporto de Congonhas pediam
autógrafos e fotos com o time.
Os atletas, porém, adotaram
postura defensiva. Deixaram
rápido o local. "A torcida é fiel.
Mas paciência do torcedor tem
limite", disse o goleiro Felipe.
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