São Paulo, domingo, 20 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mundial de F-1 chega ao meio com "aperto" inédito

Com nove corridas já disputadas, somente dois pontos separam o primeiro e o quarto colocado na classificação

Pela terceira vez na história da categoria, três pilotos dividem a liderança do campeonato, que já trocou de mão em cinco ocasiões


TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL

A largada para o GP da Alemanha, hoje, às 9h (de Brasília), marca o início da segunda metade do Mundial de F-1. E, passadas nove etapas, é como se a temporada começasse agora.
Isso porque os três mais fortes candidatos ao título, Lewis Hamilton, Felipe Massa e Kimi Raikkonen, têm os mesmos 48 pontos. E Robert Kubica, que corre por fora na disputa, está apenas dois pontos atrás deles.
Uma diferença tão pequena assim entre o primeiro e o quarto colocado, ao chegar na metade da temporada, a categoria viu somente uma outra vez. Foi no Mundial de 1956. Naquele ano, depois de quatro das oito etapas, Petter Collins e Stirling Moss somavam 11 pontos. Jean Behra vinha em terceiro, com 10 pontos. E Juan Manuel Fangio era o quarto colocado, um ponto atrás. Ironicamente, foi justamente o argentino quem ficou com a taça.
Naquela temporada, porém, muitas coisas eram distintas. A começar pelo sistema de pontuação. Os cinco primeiros colocados em cada corrida recebiam pontos (8, 6, 4, 3 e 2, respectivamente). Além disso, quem cravasse a melhor volta era agraciado com um ponto.
Outra diferença é que só os cinco melhores resultados da temporada eram computados para a classificação final.
Agora, além de muito mais pontos serem distribuídos (os oitos primeiros em cada GP somam pontos), muito mais corridas já foram disputadas -nove, contra quatro em 1956.
"Estamos todos no mesmo barco e muita coisa pode acontecer de uma corrida para outra", afirmou Massa, que já ocupou a liderança por uma etapa.
Liderança, aliás, que já trocou de mãos cinco vezes até agora. Hamilton, que está na dianteira atualmente, após a vitória no GP da Inglaterra, em Silverstone, há duas semanas, foi quem mais vezes esteve na frente: quatro. Raikkonen foi líder por três corridas, e Massa e Kubica, uma cada um.
A última vez que quatro pilotos haviam se revezado na ponta da classificação havia sido na temporada de 1987. Nigel Mansell, Alain Prost, Nelson Piquet e Ayrton Senna lutavam pelo título daquele ano -Piquet acabou conquistando o Mundial.
"Quando você vê três caras na ponta da tabela separados por apenas dois pontos é difícil dizer o que fará a diferença para ficar com o título", disse Massa, que no critério de desempate aparece em segundo lugar na classificação -Hamilton leva vantagem devido a um décimo lugar. "Acredito que consistência será o fator mais importante de agora até o final da temporada", completou o ferrarista.
Para Hamilton, o importante agora é manter o foco. "Tirar pontos dos outros é fundamental para nós quatro. É o que todos querem", disse. "Eu vou me concentrar apenas no meu trabalho e não no dos outros."
O tríplice empate na ponta da F-1 só havia ocorrido outras duas vezes em 58 temporadas -em 1950 e no ano passado. Nas duas ocasiões, após três corridas. Em 2007, além de Raikkonen e Hamilton, Fernando Alonso era o outro líder.


Com agências internacionais

NA TV - GP da Alemanha
Globo, ao vivo, às 9h



Texto Anterior: A rodada: Após derrota, Fla joga em casa
Próximo Texto: Estatística: Desempenho de líder é o pior desta década
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.