|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ronaldo desencanta e vence "em casa"
Atacante perde pênalti, mas faz o 1º gol fora de São Paulo pelo Corinthians e ajuda time a bater o Cruzeiro no Mineirão
Cruzeiro 1
Corinthians 2
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes do jogo, homenagens
do clube que o mostrou ao
mundo. Durante a partida, pênalti desperdiçado e gol para
compensar o erro. No final do
confronto, declaração irônica.
O atacante Ronaldo vivenciou mais do que qualquer jogador do Corinthians a vitória por
2 a 1 sobre o Cruzeiro, ontem à
tarde, em Belo Horizonte.
"Não quis fazer gol no Cruzeiro, mas no final mudei de
ideia", brincou o camisa 9, autor do segundo gol alvinegro.
Foi o primeiro tento dele, dos
17 já anotados em 25 partidas
com a camisa do Corinthians,
fora do Estado de São Paulo.
"É bom marcar gols, independentemente de onde seja",
disse ele, minimizando o fato.
Antes da partida, Ronaldo recebeu uma placa do clube mineiro, onde passou a ser conhecido, em 1993, e pôs os pés na
calçada da fama do Mineirão.
O gol do atacante veio aos
32min da etapa complementar,
mas poderia ter saído muito
antes disso, após o lance que
definiu a cara do duelo.
Aos 27min do primeiro tempo, Ronaldo recebeu passe dentro da área e chutou sem goleiro. O zagueiro Leonardo Silva,
em lance duvidoso, se jogou na
frente da bola, que bateu em
sua coxa direita antes de ser
amortecida na barriga e no braço direito do defensor.
O árbitro Elmo Alves Cunha
marcou o pênalti e expulsou o
cruzeirense. Na cobrança, Ronaldo fez a "paradinha" e tentou enganar Fábio, que se recuperou e espalmou a bola.
"Eu bati mal. Quis fazer a paradinha, mas não deu certo",
reconheceu o centroavante.
Àquela altura, o time visitante já vencia a partida com um
gol de Jorge Henrique, que recebeu um lançamento do próprio Ronaldo e fintou Fábio antes de empurrar para dentro.
A expulsão de Leonardo Silva
desarmou o Cruzeiro. O técnico Adilson Batista teve de tirar
um meia, Dudu, para colocar o
volante Elicarlos. Fabinho foi
recuado para a zaga.
A partir daí, o que se viu foi
uma sucessão de chances perdidas pelos corintianos, que seguiu durante toda a etapa final.
Ao Cruzeiro, não restava outra alternativa. Com 10 pontos
e próximo da zona do rebaixamento, o time tinha de ganhar.
Adilson Batista colocou
Thiago Ribeiro na vaga de Wellington Paulista e Athirson no
lugar de Gerson Magrão.
A equipe se abriu e passou a
atacar sem se preocupar com a
retaguarda, propiciando contragolpes constantes ao rival.
Ora por displicência ora pelas intervenções do goleiro Fábio, o Corinthians perdeu, no
mínimo, três chances de gol.
Até que o volante Jucilei,
com atuação destacada, fez jogada individual e deixou Ronaldo com o gol vazio. Desta vez, o
camisa 9 não desperdiçou.
Quando o jogo parecia ganho,
Chicão derrubou Kléber dentro da área e fez o pênalti. O
próprio atacante bateu para diminuir a desvantagem.
Por muito pouco, os três pontos não escaparam das mãos
dos paulistas no último lance
da partida, já aos 47min.
Thiago Ribeiro cabeceou no
canto de Felipe. Chicão, em cima da linha, impediu que a bola
entrasse. No rebote, o arqueiro
corintiano saltou nos pés de
Kléber e evitou a tragédia.
"O time jogou bem, mas perdemos um homem ainda no
primeiro tempo, o que dificultou as coisas. E o time todo ainda está abatido, sentindo muito", afirmou Kléber.
O camisa 30 referia-se à perda do título da Libertadores, no
meio da última semana, quando pelo mesmo placar de ontem a equipe foi superada pelos
argentinos do Estudiantes.
O Corinthians volta a campo
na quinta-feira, diante do Vitória, no Pacaembu. Um dia antes, o Cruzeiro vai a Santo André encarar os donos da casa.
Texto Anterior: Prancheta do PVC Próximo Texto: Mano reclama de erros e cita "preciosismo" Índice
|