São Paulo, segunda-feira, 20 de julho de 2009

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Ronaldo desencanta e vence "em casa"

Atacante perde pênalti, mas faz o 1º gol fora de São Paulo pelo Corinthians e ajuda time a bater o Cruzeiro no Mineirão

Cruzeiro 1
Corinthians 2


DA REPORTAGEM LOCAL

Antes do jogo, homenagens do clube que o mostrou ao mundo. Durante a partida, pênalti desperdiçado e gol para compensar o erro. No final do confronto, declaração irônica.
O atacante Ronaldo vivenciou mais do que qualquer jogador do Corinthians a vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, ontem à tarde, em Belo Horizonte.
"Não quis fazer gol no Cruzeiro, mas no final mudei de ideia", brincou o camisa 9, autor do segundo gol alvinegro.
Foi o primeiro tento dele, dos 17 já anotados em 25 partidas com a camisa do Corinthians, fora do Estado de São Paulo.
"É bom marcar gols, independentemente de onde seja", disse ele, minimizando o fato.
Antes da partida, Ronaldo recebeu uma placa do clube mineiro, onde passou a ser conhecido, em 1993, e pôs os pés na calçada da fama do Mineirão.
O gol do atacante veio aos 32min da etapa complementar, mas poderia ter saído muito antes disso, após o lance que definiu a cara do duelo.
Aos 27min do primeiro tempo, Ronaldo recebeu passe dentro da área e chutou sem goleiro. O zagueiro Leonardo Silva, em lance duvidoso, se jogou na frente da bola, que bateu em sua coxa direita antes de ser amortecida na barriga e no braço direito do defensor.
O árbitro Elmo Alves Cunha marcou o pênalti e expulsou o cruzeirense. Na cobrança, Ronaldo fez a "paradinha" e tentou enganar Fábio, que se recuperou e espalmou a bola.
"Eu bati mal. Quis fazer a paradinha, mas não deu certo", reconheceu o centroavante.
Àquela altura, o time visitante já vencia a partida com um gol de Jorge Henrique, que recebeu um lançamento do próprio Ronaldo e fintou Fábio antes de empurrar para dentro.
A expulsão de Leonardo Silva desarmou o Cruzeiro. O técnico Adilson Batista teve de tirar um meia, Dudu, para colocar o volante Elicarlos. Fabinho foi recuado para a zaga.
A partir daí, o que se viu foi uma sucessão de chances perdidas pelos corintianos, que seguiu durante toda a etapa final.
Ao Cruzeiro, não restava outra alternativa. Com 10 pontos e próximo da zona do rebaixamento, o time tinha de ganhar.
Adilson Batista colocou Thiago Ribeiro na vaga de Wellington Paulista e Athirson no lugar de Gerson Magrão.
A equipe se abriu e passou a atacar sem se preocupar com a retaguarda, propiciando contragolpes constantes ao rival.
Ora por displicência ora pelas intervenções do goleiro Fábio, o Corinthians perdeu, no mínimo, três chances de gol.
Até que o volante Jucilei, com atuação destacada, fez jogada individual e deixou Ronaldo com o gol vazio. Desta vez, o camisa 9 não desperdiçou.
Quando o jogo parecia ganho, Chicão derrubou Kléber dentro da área e fez o pênalti. O próprio atacante bateu para diminuir a desvantagem.
Por muito pouco, os três pontos não escaparam das mãos dos paulistas no último lance da partida, já aos 47min.
Thiago Ribeiro cabeceou no canto de Felipe. Chicão, em cima da linha, impediu que a bola entrasse. No rebote, o arqueiro corintiano saltou nos pés de Kléber e evitou a tragédia.
"O time jogou bem, mas perdemos um homem ainda no primeiro tempo, o que dificultou as coisas. E o time todo ainda está abatido, sentindo muito", afirmou Kléber.
O camisa 30 referia-se à perda do título da Libertadores, no meio da última semana, quando pelo mesmo placar de ontem a equipe foi superada pelos argentinos do Estudiantes.
O Corinthians volta a campo na quinta-feira, diante do Vitória, no Pacaembu. Um dia antes, o Cruzeiro vai a Santo André encarar os donos da casa.


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