São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

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Palmeiras se reconcilia com a torcida

Após quase um mês sem vencer no Parque Antarctica, equipe bate o Fla e encosta no grupo dos 4 primeiros colocados

Palmeiras 2
Flamengo 1

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Não foi uma vitória magistral. Mas com os 2 a 1 de ontem à tarde, sobre o Flamengo, dentro do Parque Antarctica, o Palmeiras deu uma trégua à sina de "amarelar" diante de sua torcida no Brasileiro.
"Foi uma vitória da paciência. O Flamengo se fechou, mas nós controlamos o jogo o tempo todo. Soubemos administrar a pressão", comemorou o veterano Edmundo.
A última vez que o time alviverde havia vencido dentro de casa foi na vitória contra o Vasco, na virada de 3 a 2 no dia 25 de julho. Depois desse triunfo vieram a derrota para o Sport -2 a 1- e o empate -1 a 1- contra o Inter.
Mais importante até do que chegar aos 33 pontos e alcançar o quinto lugar na tabela, foi mesmo tirar o peso de tropeçar nos próprios erros. Autor do gol do triunfo, Gustavo fez um desabafo. "Sabíamos que o torcedor seria fundamental. Ele veio e viu o nosso esforço. Fomos merecedores desse resultado", falou o zagueiro.
O Palmeiras volta a campo no próximo domingo e vai enfrentar o Figueirense fora de casa. Já o Flamengo, que vinha de duas vitórias seguidas, encara o Juventude na quinta-feira como mandante -ambos estão na zona do rebaixamento.
O jogo de ontem seguiu à risca o histórico palmeirense das últimas vezes em que mandou a partida em seu estádio.
Começou bem, encurralando o adversário, teve o apoio da torcida e saiu na frente, com um gol do meia Caio.
No entanto, a empolgação do torcedor logo deu lugar à tensão. O motivo foi o gol de empate do atacante Paulo Sérgio logo depois, em bela arrancada do argentino Maxi Biancucci.
A partir daí, o Palmeiras teve dois obstáculos a transpor. O primeiro foi o esquema retrancado montado pelos cariocas.
Já a outra pedra no caminho palmeirense foi a sina de entregar os pontos no Parque Antarctica no campeonato.
Sem Valdivia no meio, Edmundo assumiu o papel de articulador. Mas, diante da barreira adversária, ele pouco conseguiu. E num jogo sem chances de gol, a torcida começou a ficar sem paciência.
Sem ter como entrar na defesa pelo meio, o Palmeiras apostou na bola aérea, que não foi suficiente para deixá-lo em vantagem no primeiro tempo.
Na volta do intervalo, o Flamengo seguiu na postura de se defender. Mas, em uma roubada de bola de Leandro, Dininho pegou a defesa adversária desarrumada e cruzou para Gustavo aos 7min: 2 a 1.
Com o Flamengo a fim de jogo, os espaços apareceram. E a partida melhorou. Egídio obrigou Diego a grande defesa em cobrança de falta. Pelo lado do Palmeiras, Martinez quase ampliou em belo chute.
A disposição do jogo indicava que o Palmeiras partiria para definir a partida, já que os espaços no seu ataque agora eram constantes. Mas a preocupação em administrar a vantagem de 2 a 1 inibiu seus armadores. Sem conseguir matar o jogo, o técnico Caio Jr. também acusou essa preocupação.
Edmundo e Caio foram sacados, e o Flamengo começou a incomodar na busca pelo empate. Os minutos finais acompanharam o habitual sofrimento dos torcedores. O time de Caio Jr aderiu aos bicões para se safar das investidas do rival.
O sentimento da vitória veio com o apito final, quando os jogadores se abraçaram muito ainda dentro de campo.


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