São Paulo, quinta-feira, 20 de agosto de 2009

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Fenômeno dos 800 m e campeã, sul-africana é acusada de ser homem

Alberto Estévez/Efe
A meio-fundista sul-africana Caster Semenya, depois de vencer a final dos 800 m em Berlim

DO ENVIADO A BERLIM

A final feminina dos 800 m roubou a cena ontem no Mundial de Berlim. Com a autorização da Iaaf, entidade que gerencia o atletismo mundial, a sul-africana Caster Semenya, 18, pôde competir -e conquistar- a prova.
Após ganhar o Mundial juvenil com incrível atuação, a atleta levantou suspeitas a ponto de surgir o rumor de que ela seria hermafrodita.
"Para mim, não é mulher. Essa eu considero homem", disse a italiana Elisa Cusma, sexta na mesma prova.
Antes do Mundial, a Iaaf solicitou à federação sul-africana informações e exames da atleta. A federação a defendeu, mas aceitou exames para comprovar o sexo de Semenya. "Contatamos a federação para saber se eles têm documentos que permitam comprovar o sexo, mas o processo é complexo", disse Nick Davies, porta-voz da Iaaf, sem fixar data para dar o resultado.
Blindada pela Iaaf, a atleta não falou após a vitória. Foi a primeira vez que uma campeã em Berlim não participou da entrevista coletiva. "Entendemos que as pessoas possam fazer perguntas porque ela parece um homem", disse o técnico da sul-africana, Michael Seme. Semenya venceu os 800 m com uma grande diferença sobre a segunda colocada: marcou 1min55s45, 2s45 à frente da queniana Janeth J. Busienei. (JEM)


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