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Fenômeno dos 800 m e campeã, sul-africana é acusada de ser homem
Alberto Estévez/Efe
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A meio-fundista sul-africana Caster Semenya, depois de vencer a final dos 800 m em Berlim
DO ENVIADO A BERLIM
A final feminina dos 800 m
roubou a cena ontem no
Mundial de Berlim. Com a
autorização da Iaaf, entidade
que gerencia o atletismo
mundial, a sul-africana Caster Semenya, 18, pôde competir -e conquistar- a prova.
Após ganhar o Mundial juvenil com incrível atuação, a
atleta levantou suspeitas a
ponto de surgir o rumor de
que ela seria hermafrodita.
"Para mim, não é mulher.
Essa eu considero homem",
disse a italiana Elisa Cusma,
sexta na mesma prova.
Antes do Mundial, a Iaaf
solicitou à federação sul-africana informações e exames
da atleta. A federação a defendeu, mas aceitou exames para
comprovar o sexo de Semenya. "Contatamos a federação
para saber se eles têm documentos que permitam comprovar o sexo, mas o processo
é complexo", disse Nick Davies, porta-voz da Iaaf, sem fixar data para dar o resultado.
Blindada pela Iaaf, a atleta
não falou após a vitória. Foi a
primeira vez que uma campeã em Berlim não participou
da entrevista coletiva. "Entendemos que as pessoas possam fazer perguntas porque
ela parece um homem", disse
o técnico da sul-africana, Michael Seme. Semenya venceu
os 800 m com uma grande diferença sobre a segunda colocada: marcou 1min55s45,
2s45 à frente da queniana Janeth J. Busienei.
(JEM)
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