São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

como antes

Time relembra época áurea com Scolari e, no fim e na raça, derrota Vitória e avança na Sul-Americana

Adriano Vizoni/Folhapress
Tadeu comemora no Pacaembu, que homenageou os 500 jogos de marcos

Palmeiras 3
Tadeu, aos 48min do 1º tempo e aos 13min do 2º tempo; Marcos Assunção, aos 44min do 2º tempo
Vitória 0

RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO

Foi mais na raça do que na técnica, é verdade. Mas foi um Palmeiras que havia tempos o torcedor não acompanhava o responsável por resgatar, no Pacaembu, uma noite de Parque Antarctica.
O time venceu o Vitória por 3 a 0 e se classificou para a próxima fase da Copa Sul-Americana. Na partida de ida, em Salvador, os baianos haviam marcado 2 a 0.
Os brasileiros enfrentarão, agora, clubes de fora do país. Universitário Sucre, da Bolívia, e Colo Colo, do Chile, decidem quem encontrará o Cerro Porteño, do Paraguai. Dessa chave sairá o próximo adversário palmeirense.
Desde o apito inicial, uma sinergia entre torcida -foram quase 22 mil pagantes- e jogadores fez o tradicional reduto corintiano se parecer com a casa palestrina.
A marca do goleiro Marcos, que completou o 500º jogo pelo clube, foi representada em lindo mosaico feito por parte do público. O contorno do rosto do arqueiro e o número 500 surgiram assim que o time foi ao gramado.
"Quando surge o alviverde imponente...", ecoou o primeiro verso do hino alviverde assim que Heber Roberto Lopes apitou o início do jogo.
A partir daí, o Vitória mostrou mais organização tática e controle emocional. O Palmeiras foi para o abafa.
Os baianos apostavam nos contragolpes. Os paulistas, nos chutões para Tadeu, o herói improvável da noite.
Contratação menos badalada desde a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari, o centroavante grandalhão mal havia participado do jogo quando, aos 48min do primeiro tempo, ganhou na corrida do zagueiro e chutou para marcar o primeiro gol.
"Palmeiras! Palmeiras!", responderam as arquibancadas, que pareciam ter incorporado o espírito "gringo" do torneio e não pararam de cantar em momento algum.
O Vitória, do ex-dirigente palmeirense e atual treinador Toninho Cecílio, não esteve mal. Mas sentiu o baque e voltou do intervalo acuado. Contou, ainda, com uma presepada de seu goleiro.
Aos 13min, Viáfara recebeu a bola recuada e, em vez de chutá-la para a frente, conduziu-a para a linha lateral do campo, onde acabou desarmado por Fabrício. Na sequência do lance, Tadeu ficou com o rebote e marcou o segundo gol em nove jogos.
Em festa, o público continuou cantando sem parar. Explodiu de vez aos 44min, quando Marcos Assunção acertou bela cobrança de falta no ângulo de Viáfara: 3 a 0.
"Chiqueiro, chiqueiro, festa no chiqueiro", cantou em uníssono a torcida, como se fosse o Parque Antarctica.

ANTES
O treinador Luiz Felipe Scolari abre mão de três atacantes e aposta no 3-5-2, com Luan e Tadeu na linha ofensiva

DURANTE
O Palmeiras demora para se acertar em campo, mas consegue abrir o placar antes do fim da primeira etapa

DEPOIS
Tadeu faz dois gols e é decisivo na classificação. Jogadores até quebram regra de Scolari e falam no gramado do Pacaembu


Texto Anterior: Presidente confirma a saída de Wesley
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.