São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2010

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XICO SÁ

Viva o Coalhada


O craque de Chico Anysio fez falta em evento que teve Mano, Luxemburgo e o Fenômeno


AMIGO TORCEDOR, amigo secador, de súbito me deu uma baita saudade do cidadão Otávio Arlindo, o craque Coalhada, profissão futebolista, como costumava se apresentar o baiano. Sim, aquele mesmo deste popularíssimo bordão, repita comigo: "Mas hein, mas hein? Que o Coalhada é isso, que o Coalhada é aquilo!".
Uma peça, figuraça que saltou para a vida da mente brilhante do cearense Chico Anysio, vascaíno que no momento enfrenta dificuldades com a saúde, mas trava o bom combate para manter-se no jogo. Vade retro velha da foice, como diria o genial Azambuja.
Pensando bem o Coalhada não surgiu assim do vazio do nada nas minhas conjeturas de um cronista sem assunto. Meu herói ludopédico saltou na minha frente depois que li, na Mônica Bergamo, aqui nesta Folha, a cobertura da festa de lançamento do "Bueno Cuveé Prestige", o espumante do Galvão da Globo. Imagina o Coalhada, com o seu gestual e biquinho à francesa, pronunciando o nome do precioso líquido. Seria lindo. Tinha Ronaldo Fenômeno, que celebrava seus merecidos cem dias de badalação, mas faltou o Coalhada.
Bergamo pescou cada história na noite. Muito bom quando um repórter de uma área se desloca para outra. Os jornais deviam fazer um grande troca-troca de olhares, pondo um jornalista de política para cobrir buracos de rua, escalando um de esporte para cobrir eleições e assim ad infinitum. Rende mais.
É, amigo, mas falemos de Coalhada, afinal não sou assim nenhum genial Samuel Wainer para ficar aqui dando lições de jornalismo. Léguas disso. Já sei, talvez tenha me lembrado do Coalhada ao ver que o elegante Mano Menezes fez media training, o treino da moda para falar com jornalistas.
Tudo bem, o Mano sabe o que diz, e a Nike, que pagou o curso, o quer cada vez mais treinado. Olhar para cima, para o teto, quando tem dúvidas em uma coletiva, como ele mesmo lembrou, nunca mais. Vale o código do bom-tom. Clássico.
E como a Mônica Bergamo pescou a pérola da noite: "Você ainda está com bastante cabelo. Eu fiz dois implantes depois que saí daquilo lá". Era o Luxemburgo, educadamente, falando para o sr. Menezes. "Daquilo lá" é o que o amigo está pensando mesmo. A seleção brasileira.
O vinho do Galvão faz a pessoa dizer cada coisa. Cala a boca, Coalhada. E viva Chico, a quem mando um abraço e votos de melhoras.

xico.folha@uol.br

@xicosa


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