São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2004

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FUTEBOL

Time empata com o Coritiba, e torcida pede volta de Pedrinho, afastado

Palmeiras chega a 6º jogo sem vencer e agrava crise

DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras foi a Curitiba para tentar estancar a crise que se abate sob o clube, mas voltará da capital paranaense sob um clima ainda pior. A equipe do Parque Antarctica não passou de um empate sem gols com o Coritiba, ontem, no Couto Pereira, e chegou a seu sexto jogo sem conhecer vitórias.
O Palmeiras, ao lado do Flamengo, é a equipe que mais vezes empatou em 0 a 0: cinco -no Brasileiro, 28 jogos terminaram sem as redes balançarem.
O clube, além de aumentar seu jejum, deixou de aproveitar a oportunidade, propiciada por tropeços de rivais que estão à sua frente, de fechar a 31ª rodada em quinto lugar. Ao contrário. Perdeu uma posição e agora está no oitavo posto, com 49 pontos.
A seqüência negativa deixa o técnico Estevam Soares em situação delicada. E não apenas pela queda acentuada de rendimento no Campeonato Brasileiro.
O resultado de ontem coloca em xeque a decisão do treinador de afastar Pedrinho do time.
O jogador, que vive sua melhor temporada desde que chegou ao clube, em 2001, nem sequer figurou entre os atletas relacionados para o jogo em Curitiba. Mesmo sem estar presente ao jogo, o nome do meia foi gritado pela torcida palmeirense no Sul.
O clube paulista entrou em campo ainda sentindo os reflexos da semana conturbada que viveu.
As perguntas feitas aos palmeirenses antes do início do jogo não eram as costumeiras a respeito de como iriam atuar, ou que estratégia que utilizariam para anular o ataque adversário, mas sobre o ambiente no clube: "Houve uma cobrança interna e depois, externa. Mas não há desunião", disse o goleiro Sérgio, que chegou a criticar a falta de empenho de alguns de seus companheiros durante a semana passada.
Porém, apesar de os palmeirenses se sentirem quase que obrigados a vencer para interromper seu maior jejum desde 2002, quando foi rebaixado -naquele Brasileiro, o time ficou nove partidas sem conhecer triunfos-, isso não foi suficiente para que a equipe pressionasse o Coritiba.
O novo ataque, formado por Kahê (sem jogar há quase um mês) e Osmar, foi inoperante durante todo o jogo.
O time tentou poucos chutes a gol. Enquanto o Coritiba arrematou 17 vezes (cinco certas), os palmeirenses tiveram apenas nove finalizações contra o gol dos paranaenses -nenhuma delas saiu dos pés de seus homens de frente.
Pior do que isso, a equipe paulista acertou o gol apenas uma vez em 90 minutos. Somente aos 44min do segundo tempo, numa cobrança de falta de Baiano é que o goleiro Fernando foi obrigado a fazer uma defesa.
Na primeira etapa, os dois atacantes, aliás, foram os que menos pegaram na bola: sete vezes cada um -o meia Elson, com 22 bolas recebidas, foi o mais acionado nos primeiros 45min de duelo.
No primeiro tempo, o Palmeiras insistiu muito nos cruzamentos, fundamento em que também teve péssimo desempenho no Paraná -acertou apenas um dos 11 levantamentos que tentou.
"Está difícil. Temos que voltar mais tranqüilos para o segundo tempo", opinou Kahê.
Na segunda etapa, porém, o clube paulista não conseguiu fazer o que propôs o atacante e voltou a falhar ofensivamente. Estevam chegou a mudar o esquema de jogo, com a entrada do meia Ricardinho no lugar de Kahê, mas a substituição foi inócua.
O clube passou quase que toda a etapa final em seu campo de defesa e acabou não levando gols graças à atuação de Sérgio, que fez pelo menos três defesas em arremates perigosos do Coritiba.
Apesar da atuação, Estevam elogiou o time. "Lutamos muito. O primeiro tempo até que foi bom".
Na próxima rodada, o Palmeiras tenta, mais uma vez fora de casa quebrar a seqüência de maus resultados diante do Vasco, no Rio -no primeiro turno, as equipes empataram em 2 a 2.


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