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Dupla artilheira move o Brasil contra Dinamarca
Empate contra as européias põe time nacional nas quartas-de-final do Mundial
Marta tem média de 1,17 gol por partida oficial com
a camisa amarela; Cristiane não fica longe, com 0,92 tento por jogo disputado
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Ainda adolescentes, Marta e
Cristiane formaram uma dupla
que, em quatro anos, acumulou
gols em um ritmo de fazer inveja a Pelé e Ronaldo (sem falar
nos centroavantes da era Dunga) com a camisa da seleção.
E que hoje, às 9h, contra a Dinamarca, tem a missão de levar
o Brasil às quartas-de-final do
Mundial feminino, disputado
na China. Um empate basta para o time nacional não depender de outros resultados.
A parceria, que deu os primeiros passos em 2003, transformou o Brasil das mulheres
de um time mediano a vice-campeão olímpico e um dos favoritos ao título mundial -o time é o único no torneio na Ásia
com 100% de aproveitamento.
E fez isso com uma habilidade incrível para anotar gols. Só
contando competições oficiais,
Marta, hoje com 21 anos, soma
28 gols em apenas 24 jogos pelo
Brasil (média de 1,17). Cristiane, 22, assinalou 28 tentos em
31 partidas (0,92).
Mesmo incluindo amistosos,
as médias de Pelé e Ronaldo na
seleção brasileira ficam longe
desses números. O primeiro registrou 0,83 tento por partida, e
o segundo, menos: 0,64.
"Quando uma de nós tem a
bola, já sabe para onde vai passá-la, porque nós, instintivamente, sabemos para onde a
outra vai correr", diz Cristiane,
que já soma três gols no Mundial. Marta é uma das artilheiras do torneio, com quatro.
Assim, elas respondem por
70% da artilharia brasileira na
competição. Desde que passaram a atuar juntas com a camisa amarela, foram responsáveis
por quase 50% de todos os tentos nacionais em campeonatos
oficiais, mesmo com Marta não
tendo participado do Sul-Americano no ano passado, quando
Cristiane fez 12 gols em apenas
sete partidas.
Com as duas, a seleção pensa
alto no Mundial chinês. "O Brasil está na China para ganhar o
título. Nós temos uma chance
de fazer isso e não vamos deixá-la passar", avisa Marta, cujo talento é motivo de preocupação
da Dinamarca, que nunca enfrentou o time nacional por
uma competição oficial.
Mesmo se perder, o Brasil,
com seis pontos (goleadas sobre Nova Zelândia e China),
tem boas chances de avançar, já
que registra saldo positivo de
nove gols. Dinamarca e China
somam três pontos, com as européias ostentando um saldo
de um gol positivo, e as asiáticas, de três negativos.
Se avançar em primeiro, a seleção comandada por Jorge
Barcellos, ouro no Pan do Rio,
pega no domingo o segundo colocado de uma chave que ainda
tem Austrália, Canadá e Noruega na disputa. Se for o segundo,
desafia o melhor desse trio.
Para o jogo de hoje, a principal preocupação do técnico é
com as três jogadoras penduradas com o cartão amarelo -Aline, Renata Costa e Daniela.
A atenção maior é com a última, principal jogadora do
meio-campo da equipe. "Todos
nós sabemos o quanto ela é importante", diz Barcellos, que
cogita até deixá-la fora da partida para evitar uma suspensão.
NA TV - Brasil x Dinamarca
Band e Sportv, ao vivo, às 9h
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