São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2008

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Por Libertadores, Sport calca projeto em argentinos

Presidente do clube cita experiências de sucesso em outros times e afirma que irá se reforçar com atletas do país vizinho

Milton Bivar planeja uma reforma na Ilha do Retiro e já espera cobrança da torcida, pois afirma que irá contratar sem estourar caixa da equipe


TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O sucesso recente de jogadores argentinos no Brasil, em especial no Corinthians, tem inspirado projeto da diretoria do Sport para alçar vôos mais altos na disputa da Taça Libertadores do ano que vem.
Para o presidente Milton Bivar, o clube não pode prescindir da experiência de outros jogadores sul-americanos, e ter apenas brasileiros, numa competição em que os holofotes estão voltados para o continente.
"Trazer jogadores estrangeiros para dar mais experiência ao grupo é importante. E acho que os argentinos estão indo bem por aqui. Veja o exemplo do Corinthians. Trouxe o Tevez e agora está com o Herrera, outro argentino que está bem. O Conca foi muito bem no Fluminense. O Guiñazu também é fundamental para o Internacional", afirmou o dirigente.
Além de se mostrar atento aos talentos argentinos que migraram para o Brasil, Bivar disse ter outro trunfo: a experiência do técnico Nelsinho Baptista, que comandou o Sport na conquista da Copa do Brasil.
Com a rodagem de ter trabalhado em países da América do Sul como Colômbia e Chile, Bivar acha que o olho do treinador vai ser importante na escolha de nomes estrangeiros.
"Olha, a base do nosso elenco para a Libertadores já está aqui. Acho que 80% dos jogadores vão continuar. Mas devemos trazer de quatro a cinco nomes com tarimba de Libertadores."
O presidente pernambucano não quis adiantar nomes, mas falou nas carências que o time tem. "Precisamos de um lateral-esquerdo, porque o Dutra já está com 35 anos. Outro problema é um meia-esquerda. Mas me aponte um meia-esquerda de destaque em qualquer time brasileiro. E acho que precisamos também de um atacante", comentou.
Bivar, porém, disse que o clube não vai abrir o bolso ao primeiro que aparecer e citou o Fluminense como exemplo de desperdício. "Vamos gastar de forma inteligente. O Fluminense tinha quatro atacantes e pagava R$ 220 mil ao Dodô com o Washington no time."
O clube planeja tentar contratar reforços estrangeiros sem prejudicar suas contas.
"A Libertadores é importante, mas não vou fazer loucuras. A folha de pagamento não deve ultrapassar R$ 1 milhão. Não vou fazer contratos milionários, pois não vou poder cumprir os pagamentos depois. A nossa realidade é diferente", afirmou Bivar.
Com uma média salarial de R$ 50 mil, Bivar falou que está preparado até para a pressão da torcida. "O torcedor quer ganhar sempre. E de goleada. A pressão vai ser grande, mas a política vai continuar sendo a de pés no chão", antecipou.
O planejamento, segundo o dirigente, vai começar pelo estádio da Ilha do Retiro. Assim que o Brasileiro terminar, o clube fará uma reforma no gramado. "Essa obra tem de ser concluída no máximo em dois meses e meio para termos um campo em condições de receber os jogos da Libertadores."


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