|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Por Libertadores, Sport calca projeto em argentinos
Presidente do clube cita experiências de sucesso em outros times e afirma que irá se reforçar com atletas do país vizinho
Milton Bivar planeja uma reforma na Ilha do Retiro e já espera cobrança da torcida,
pois afirma que irá contratar sem estourar caixa da equipe
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O sucesso recente de jogadores argentinos no Brasil, em especial no Corinthians, tem inspirado projeto da diretoria do
Sport para alçar vôos mais altos
na disputa da Taça Libertadores do ano que vem.
Para o presidente Milton Bivar, o clube não pode prescindir da experiência de outros jogadores sul-americanos, e ter
apenas brasileiros, numa competição em que os holofotes estão voltados para o continente.
"Trazer jogadores estrangeiros para dar mais experiência
ao grupo é importante. E acho
que os argentinos estão indo
bem por aqui. Veja o exemplo
do Corinthians. Trouxe o Tevez
e agora está com o Herrera, outro argentino que está bem. O
Conca foi muito bem no Fluminense. O Guiñazu também é
fundamental para o Internacional", afirmou o dirigente.
Além de se mostrar atento
aos talentos argentinos que migraram para o Brasil, Bivar disse ter outro trunfo: a experiência do técnico Nelsinho Baptista, que comandou o Sport na
conquista da Copa do Brasil.
Com a rodagem de ter trabalhado em países da América do
Sul como Colômbia e Chile, Bivar acha que o olho do treinador vai ser importante na escolha de nomes estrangeiros.
"Olha, a base do nosso elenco
para a Libertadores já está aqui.
Acho que 80% dos jogadores
vão continuar. Mas devemos
trazer de quatro a cinco nomes
com tarimba de Libertadores."
O presidente pernambucano
não quis adiantar nomes, mas
falou nas carências que o time
tem. "Precisamos de um lateral-esquerdo, porque o Dutra já
está com 35 anos. Outro problema é um meia-esquerda.
Mas me aponte um meia-esquerda de destaque em qualquer time brasileiro. E acho
que precisamos também de um
atacante", comentou.
Bivar, porém, disse que o clube não vai abrir o bolso ao primeiro que aparecer e citou o
Fluminense como exemplo de
desperdício. "Vamos gastar de
forma inteligente. O Fluminense tinha quatro atacantes e pagava R$ 220 mil ao Dodô com o
Washington no time."
O clube planeja tentar contratar reforços estrangeiros
sem prejudicar suas contas.
"A Libertadores é importante, mas não vou fazer loucuras.
A folha de pagamento não deve
ultrapassar R$ 1 milhão. Não
vou fazer contratos milionários, pois não vou poder cumprir os pagamentos depois. A
nossa realidade é diferente",
afirmou Bivar.
Com uma média salarial de
R$ 50 mil, Bivar falou que está
preparado até para a pressão da
torcida. "O torcedor quer ganhar sempre. E de goleada. A
pressão vai ser grande, mas a
política vai continuar sendo a
de pés no chão", antecipou.
O planejamento, segundo o
dirigente, vai começar pelo estádio da Ilha do Retiro. Assim
que o Brasileiro terminar, o
clube fará uma reforma no gramado. "Essa obra tem de ser
concluída no máximo em dois
meses e meio para termos um
campo em condições de receber os jogos da Libertadores."
Texto Anterior: A rodada: Atlético-MG disputa primeira partida após renúncia de seu presidente Próximo Texto: Atletas irão à sala de aula e ouvirão Rojas Índice
|