São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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PRANCHETA DO PVC

PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br

Ponto para Baresi

O TÉCNICO Sérgio Baresi tem dois méritos no clássico do Pacaembu.
O primeiro é esportivo. Se o meio-campo é o espírito de uma equipe, o São Paulo era um time sem alma, até a derrota para o Inter. Não que o jogo de ontem seja exemplo de armadores criativos, mas a escalação da equipe fez o treinador rival, Luiz Felipe Scolari, imaginar problemas antes mesmo de a partida começar: "Eles terão o meio-campo mais forte", disse Felipão.
O outro mérito é político. Há cinco anos, a diretoria esperava ver um time composto por pratas da casa. Em 2006, a vitória no Brasileirão fez daquele troféu o de menor número de titulares feitos em casa da história são-paulina. Só Rogério Ceni. Com a substituição de Ilsinho, aos 18min do primeiro tempo, e a entrada de Zé Vítor, o São Paulo passou a ter em campo cinco atletas formados no Morumbi, o que não ocorria desde Kaká.
Bastava ter um desses pratas da casa: Lucas. Depois do primeiro tempo sem graça, Lucas foi o dono da segunda etapa. Fez o primeiro gol, aproveitando em velocidade a bola escorada por Jorge Wagner. Deu o segundo gol a Fernandão e ofereceu ao time o que ele antes não tinha: velocidade.
Isso só aconteceu porque, após o 1 x 0, o São Paulo tinha um meio-campo capaz de bloquear o rival. Contra o Inter, o massacre colorado começou nesse setor.
Ante o Palmeiras, Baresi pôs Ilsinho na ala, puxou Rodrigo Souto para a função de terceiro zagueiro, povoou o setor com Casemiro sobre Valdivia, Jean atacando Pierre, Jorge Wagner na cola de Marcos Assunção.
O time piorou quando Ilsinho saiu lesionado e Jean foi para a lateral. Só melhorou após o gol de Lucas, pois a estratégia passou a ser contra-atacar. Estratégia possível, pois, desta vez, o meio- -campo era consistente.

OLHO NO CRUZEIRO
São poucos os times com dois meias criativos como o Cruzeiro, de Montillo e Roger. E são poucos com técnicos que mexem no jogo como Cuca. No sábado, o Botafogo perdeu o zagueiro Danny Morais, e Joel pôs Caio como ala, para atacar o lateral Diego Renan. O Cruzeiro inverteu a coisa. Foi Diego quem avançou sobre Caio, obteve o pênalti, e o time virou o jogo no setor. O Corinthians é favorito ao título. O Cruzeiro, seu rival.


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