São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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Scolari afirma que é perseguido

Após expulsão no clássico, técnico dispara contra árbitros e cogita não ficar mais no banco

DE SÃO PAULO

O treinador Luiz Felipe Scolari desabafou.
Ontem, depois de quase 30 minutos de papo com seus jogadores após a derrota para o São Paulo, o técnico palmeirense disparou contra a arbitragem, disse que é perseguido e ameaçou comandar seu time das arquibancadas, como fez ontem após ter sido expulso do clássico.
"Está na hora de alguém levantar o microfone e dizer que estou sendo perseguido. E muito. Daqui a pouco não vai dar mais para ficar nem na beira do túnel", disse ele.
A ira de Scolari contra o árbitro José Henrique de Carvalho começou após ter sido expulso, ainda na primeira etapa -o juiz alegou que o técnico palmeirense o xingou.
"Haviam pessoas do meu lado, jogadores, gente de rádio, TV. Eu estava conversando com o Tadeu. Mas agora vai adiantar alguma coisa?"
Desde que voltou ao Palmeiras, há dois meses, esta foi a segunda expulsão de Scolari. Na vitória sobre o Atlético-PR (2 a 0), ele teve que deixar o banco de reservas pelo mesmo motivo.
"Por que só eu? Por que eu trabalhei fora do Brasil e agora voltei ao Brasil?"
Na sexta-feira, dois dias antes do clássico, Scolari rasgou elogios à arbitragem do Brasileiro-2010. "Nos últimos sete ou oito jogos, nós não temos o que falar de arbitragem, mesmo perdendo ou empatando", declarou.
Mas ontem o palmeirense passou a maior parte da sua entrevista coletiva criticando a arbitragem do clássico.
E até cogitou ficar de fora do banco de reservas. "Não sei mais o que fazer. É melhor eu ficar fora do banco, então não vai haver expulsão nenhuma. É isso que eles querem comigo", declarou.
Sobre o jogo, foi econômico nas palavras. "Eles marcaram na primeira bola que foi ao gol, em uma jogada aérea. Mas os jogadores do São Paulo também tiveram qualidade", afirmou o treinador.
Scolari disse que sua expulsão em nada prejudicou o time. "O que desestabilizou foi a qualidade do Fernandão na bola aérea e o rapaz [Lucas] que bateu bem na bola."
Em seguida, voltou ao tema. "Queria ver o tribunal solicitar não apenas a minha presença mas a de outras pessoas, inclusive a do bandeira, para ver que mudam a situação da arbitragem."
E disse que se reunirá com seu estafe para discutir o caso. "Vou conversar com meu departamento jurídico e com o Palmeiras para ver que tipo de atitude eles podem tomar. E vou estudar alguma coisa para o futuro."
(JOSÉ RICARDO LEITE E LUCAS REIS)


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