Atacante é liberado de treino e viaja para ver o Santos contra o Guarani

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LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

Ontem, o Santos contou com um torcedor ilustre e, até certo ponto, improvável.
Neymar mostrou mais uma vez que tem moral com a diretoria do clube, apesar dos recentes atos de indisciplina e do anúncio de seu afastamento um dia antes.
O atacante, pivô das polêmicas que ocuparam a semana do time, foi a Campinas apoiar seus companheiros.
Para poder ir ao interior, Neymar foi liberado pela diretoria dos treinos que teria que cumprir ontem, no CT Rei Pelé, como punição pelo episódio em que xingou o técnico da equipe, Dorival Jr.
"Ele treinou ontem [anteontem] à tarde. E surgiu a ideia de ele vir até aqui", afirmou o diretor de futebol, Pedro Luiz Nunes Conceição, que garantiu que Dorival não só sabia da visita como teria autorizado o "relaxamento" ao castigo que ele mesmo fez questão que fosse aplicado.
"Foi um consenso", completou o diretor de futebol.
"O que passou, passou. O Neymar se excedeu, houve um ato de indisciplina, e ele foi punido, como qualquer outro atleta seria. Agora acabou. Eu tenho muito carinho e respeito pelo Neymar", falou o técnico, antes do início do jogo no Brinco de Ouro.
"É muito importante isso que Neymer fez [ir a Campinas]. Mostra que ele está integrado ao grupo e foi muito bem recebido por todos."
O técnico negou que o atleta tivesse que treinar ontem, em Santos, apesar de o clube ter informado o contrário depois que o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro anunciou a ampliação da pena a Neymar no sábado -até então, ele havia sido apenas multado em 30% de seu salário (cerca de R$ 48 mil).
Antes de a equipe ir a campo, o jogador participou com o grupo da preleção e pediu desculpas, novamente, aos companheiros e ao técnico.
A definição sobre a participação de Neymar no clássico contra o Corinthians, na quarta-feira, pode se arrastar até a véspera da partida, quando o treinador divulgará a lista dos relacionados.
Se ele estiver em campo, será contra a vontade de Dorival. "A diretoria sabe o meu posicionamento. O Neymar faz falta para qualquer clube, mas ninguém vai passar a mão na cabeça dele", disse o técnico, que pediu ao clube que Neymar fosse afastado por tempo indeterminado.
Por outro lado, a diretoria santista já minimiza a punição. "Esse assunto já é página virada", disse Conceição.


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