São Paulo, domingo, 20 de outubro de 2002

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Só 3 dos fundadores do Clube dos 13 estão hoje entre os 8 primeiros do Nacional, recorde negativo

Às portas do grande Brasileiro, grandes têm seu pior Brasileiro

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Na véspera daquele que promete ser o maior Brasileiro de todos os tempos, os fundadores do Clube dos 13 fazem seu pior papel.
Desde que a entidade foi fundada, em 1987, pelo menos quatro de seus sócios iniciais estiveram entre os oito melhores do Nacional. Em mais da metade dos últimos 15 anos, seis ou sete fundadores ficaram nesse bloco.
Agora, se a primeira fase da edição 2002 já estivesse encerrada, apenas três dos 13 clubes que iniciaram um dos mais ambiciosos projetos do futebol brasileiro (São Paulo, Santos e Corinthians) estariam nas quartas-de-final.
E a situação dos outros dez não é nada boa. Na rodada de hoje, o único que pode entrar na zona de classificação é o Atlético-MG, que faz o clássico contra o Cruzeiro.
Os demais jogam para melhorar de situação no bloco intermediário, como Cruzeiro e Internacional, que pega o Atlético-PR, ou, pior ainda, escapar do rebaixamento à segunda divisão.
O Flamengo, que estaria rebaixado hoje, enfrenta, em Salvador, o Vitória, que, sem a fama de seu rival, ocupa o sétimo lugar.
No Maracanã, Fluminense e Bahia, dois dos fundadores do Clube dos 13, fazem um jogo em que o perdedor tem boas chances de entrar na zona do desespero.
De folga na jornada, o Palmeiras começa outra semana como um dos quatro "condenados", pelo menos neste momento, à Série B.
Assim, jogos de equipes que não formam a elite do país são mais decisivos para a definição dos finalistas do Brasileiro-2002.
Em casa, contra o Paysandu, o São Caetano do técnico Mário Sérgio tem a chance de voltar à liderança do certame.
Para isso, precisa vencer e torcer por um tropeço do São Paulo diante do Guarani, em Campinas.
No seu estádio, em Caxias do Sul, o Juventude pega o Coritiba, em um confronto de duas equipes que estariam hoje nas quartas.
Outra equipe que não fundou o Clube dos 13 e faz bom papel, a Ponte Preta vai ao Pacaembu para enfrentar o Corinthians, uma das raras exceções da entidade presidida por Fábio Koff.
A derrocada do C13 acontece em um momento crucial do futebol brasileiro. No próximo ano, será disputado um campeonato nacional que terá a inédita duração de oito meses. Dessa forma, um rebaixamento nesta temporada irá significar quase um ano longe dos rivais mais tradicionais e de rendas mais significativas.
Se dois de seus fundadores acabarem na segunda divisão, os fundadores do Clube dos 13 sofrerão a humilhação de serem minoria no mais esperado Campeonato Brasileiro de todos os tempos.



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