O cubano Wilfredo Leon tem apenas 16 anos, impressiona pela força física, é habilidoso e aprendeu a sacar com a mãe

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

ELE É a sensação do vôlei mundial. O cubano Wilfredo Leon tem 16 anos e está com a bola toda. A última façanha do garoto prodígio foi no Campeonato da América do Norte e Central. Só deu ele: ganhou prêmio de melhor jogador, atacante e revelação. Foi o herói na conquista do título de Cuba.
Pra você ter uma ideia, Wilfredo fez 24 pontos e foi o maior pontuador da final, domingo, em Porto Rico. A vitória sobre os americanos, atuais campeões olímpicos, valeu para Cuba vaga na Copa dos Campeões. Os outros participantes serão Brasil, Polônia, Irã, Japão e Egito.
Wilfredo estreou na seleção em 2008 aos 14 anos. Na atual temporada, ainda com 15 (faz aniversário dia 31 de julho), foi titular e desceu o braço na Liga Mundial: foi o terceiro maior pontuador do torneio, o melhor saque, o sétimo melhor ataque e a nona melhor recepção.
No melhor estilo cubano, ele impressiona pela força física: salta muito, pega a bola lá no céu e, para completar, é habilidoso. O técnico de Cuba, Orlando Samuels, define o ponteiro como um "fora de série" e diz que ele tem todas as qualidades técnicas para ser grande.
Já Wilfredo aponta os defeitos.
Diz que tem que melhorar na defesa e no bloqueio. Um dos seus fundamentos mais perfeitos é o saque, uma pedrada. Em entrevista ao jornal cubano "Granma", ele contou que aprendeu a sacar aos 7 anos com a mãe, Alina de Rosário Venero, uma ex-jogadora de vôlei. "Minha mãe me aconselhou a treinar muito saque porque ele é um ponto fundamental", diz ele, que seguiu as dicas. O que impressiona mais a comissão técnica de Cuba é sua personalidade. Parece imune às pressões. Problemas no jogo? Bola no Wilfredo, que ele resolve. "É um adolescente e se comporta como tal, mas no jogo é maduro e por isso é um dos baluartes da equipe", diz Samuels.
Na Copa dos Campeões, em novembro, Cuba será o primeiro rival do Brasil. Vale lembrar que, em 2008, os cubanos surpreenderam os brasileiros e venceram a Copa América. Este ano, na fase final da Liga Mundial, o Brasil levou a melhor.

ITALIANO
O Trentino, do oposto Leandro Vissotto e do levantador Rapha, é o líder do Campeonato Italiano. O time venceu o Cuneo e soma cinco vitórias em seis jogos. O Treviso, do levantador Ricardinho, é o vice-líder. O Trentino será um dos adversários do Florianópolis no Mundial, em novembro, no Qatar.

PAULISTÃO
O ginásio de São Bernardo vai ferver no domingo. O Brasil Vôlei Clube, de Dante e Escadinha, encara o Sesi, de Murilo e Sidão, na primeira partida, da série de três, da final do Paulista. O segundo jogo será no dia 29. Caso seja necessário, o terceiro confronto será no dia 31.

cidasan@uol.com.br


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