São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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PAULO VINICIUS COELHO

Felipão para presidente


Enquanto o treinador ajeita a defesa, a política palmeirense assiste a rachas no grupo da situação


FELIPÃO JÁ ajeitou o Palmeiras na defesa. Mais difícil é armar o ataque. Basta olhar Tinga, marcando pela direita, Rivaldo, pela esquerda, e os dois volantes bem posicionados para entender a vocação para marcar. Há três jogos o time não sofre gol de bola rolando, e a chance de vaga na Libertadores aumentou. São dois pontos de distância para o Atlético-PR. E há chance do título da Copa Sul-Americana, cuja vaga na segunda fase só depende de um empate com o Universitário Sucre.
Na política do clube, também tem gente sonhando com o título. O presidente interino Salvador Hugo Palaia adoraria ter esse presente para apresentar à torcida durante sua campanha à presidência. "Não, nem a taça ajudaria o Palaia", aposta Seraphim Del Grande.
Na segunda-feira à noite, um grupo de 120 conselheiros da oposição se reuniu. Estavam os ex-presidentes Mustafá Contursi, Carlos Facchina e Affonso della Monica, e os candidatos Roberto Frizzo e Arnaldo Tirone. O encontro mostrou que Tirone tem mais chance do que Frizzo de ser o indicado.
Na mesma noite, reuniram-se 56 integrantes da facção "Muda Palmeiras", do diretor Wlademir Pescarmona e do ex-vice de futebol Gilberto Cipullo. Os 120 do encontro da oposição contra os 56 da situação evidenciam: "Se o grupo deles tiver apenas um candidato, terá 90% de chance de ganhar a eleição", prevê Del Grande.
Pescarmona aposta que a unidade em torno de Tirone não existe. Que Frizzo também será candidato e que isso provocará um racha na oposição. É possível, não provável.
Mais fácil é perceber novas rachaduras na(s) chapa(s) da situação. Pescarmona apoia Palaia e julga que Seraphim Del Grande fará o mesmo, por ser membro histórico do "Muda Palmeiras". Seraphim, mais próximo a Cipullo, substituído no futebol por Pescarmona, não sabe se essa será a posição de seu grupo. É possível uma composição com os "Verdes Escuros", de Paulo Nobre, que também sonha ser presidente.
Mais um racha. No sábado, houve discussão pública entre Pescarmona e Clemente Pereira, ambos membros do recém-criado Conselho Gestor. Pereira exige ser o primeiro vice-presidente na futura chapa de Palaia. Pescarmona respondeu grosso. Disse que, numa aliança, ninguém deve se impor para nenhum cargo. "Unida, a chapa da situação não perde nem para a Dilma!", crava Pescarmona. Bem entendido, unida... Sabe o que é mais fácil ocorrer no Palmeiras? Felipão arrumar o ataque hoje à noite.

pvc@uol.com.br


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