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MEMÓRIA
Sem dinheiro, atletas tiveram que filar almoço
DA SUCURSAL DO RIO
A suspensão da renovação
do contrato da Petrobras por
nove meses obrigou os atletas do Flamengo a protagonizarem algumas cenas comuns no futebol de várzea.
Há cerca de três semanas,
uma sessão de treinamento
em dois períodos foi cancelada depois que jogadores
alegaram que não teriam dinheiro para ir para casa almoçar e retornar ao clube
para trabalhar de tarde.
Dias depois, o meia Felipe
expôs mais um constrangedor episódio da crise financeira. Um dos maiores salários da Gávea -cerca de R$
50 mil mensais-, o jogador
disse que levava alguns novatos para almoçarem em
sua casa em dias de treinos
em dois turnos no clube.
"Isso realmente aconteceu.
É uma situação muito triste.
Além disso, temos sempre
que dar duzentinhos para
um, quinhentinhos para outro para ajudá-los a treinar",
declarou o meia Zinho.
Antes de a diretoria pagar,
os atletas não recebiam havia três meses. Além do cancelamento de treinos e do almoço pago por Felipe, a crise financeira obrigou os jogadores a ameaçar greve diversas vezes neste ano.
(SR)
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