São Paulo, sábado, 20 de novembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MEMÓRIA

Sem dinheiro, atletas tiveram que filar almoço

DA SUCURSAL DO RIO

A suspensão da renovação do contrato da Petrobras por nove meses obrigou os atletas do Flamengo a protagonizarem algumas cenas comuns no futebol de várzea.
Há cerca de três semanas, uma sessão de treinamento em dois períodos foi cancelada depois que jogadores alegaram que não teriam dinheiro para ir para casa almoçar e retornar ao clube para trabalhar de tarde.
Dias depois, o meia Felipe expôs mais um constrangedor episódio da crise financeira. Um dos maiores salários da Gávea -cerca de R$ 50 mil mensais-, o jogador disse que levava alguns novatos para almoçarem em sua casa em dias de treinos em dois turnos no clube.
"Isso realmente aconteceu. É uma situação muito triste. Além disso, temos sempre que dar duzentinhos para um, quinhentinhos para outro para ajudá-los a treinar", declarou o meia Zinho.
Antes de a diretoria pagar, os atletas não recebiam havia três meses. Além do cancelamento de treinos e do almoço pago por Felipe, a crise financeira obrigou os jogadores a ameaçar greve diversas vezes neste ano. (SR)


Texto Anterior: Flamengo libera verba e acerta os salários
Próximo Texto: Panorâmica - Futebol: Luxemburgo escala Santos no 3-5-2
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.