São Paulo, domingo, 20 de novembro de 2005

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ESTATÍSTICA

Jogo confronta "bom moço" com "bad boy" gringo

DA REPORTAGEM LOCAL

Além da promessa de muita emoção, o duelo Corinthians x Inter vai desfilar hoje pelo gramado do Pacaembu ídolos de personalidades bem antagônicas.
São atacantes, mas a semelhança pára por aí, Fernandão é o "bom moço" do time gaúcho, e Tevez o "bad boy" da equipe paulista.
A fama atribuída aos dois jogadores não se restringe somente ao que eles fazem fora de campo, mas também ao que exibem dentro dele.
No aspecto disciplinar, Fernandão é exemplar: nunca foi expulso em campeonatos brasileiros, desde sua estréia na competição em 1998, pelo Goiás. Já Tevez, que se transferiu do Boca Juniors (ARG) para o Corinthians e debutou neste ano no torneio nacional, levou dois cartões vermelhos ao longo do torneio.
Só no Brasileiro-05, o argentino tomou o dobro de amarelos que o atleta do Inter, que comete em média 1,4 faltas por partida. Foram seis advertências para o craque corintiano, que tem 1,6 infrações por jogo.
"Cuca fresca" não é mesmo um apelido que se encaixe em Tevez, tanto pelo temperamento quanto pelo uso. Dezessete centímetros mais baixo que Fernandão (1,90m), o jogador do time alvinegro ainda não marcou nenhum gol de cabeça. Em contrapartida, o destaque gaúcho foi feliz marcando em cinco cabeceios.
O consolo do argentino é que, em bolas rasteiras, ele tem cinco tentos a mais que Fernandão. Tevez marcou 18 vezes em 26 jogos, índice de 0,69 gol por jogo. O atleta do Inter fez 13 em 33, o que lhe confere média de 0,39.
No que se refere à conduta dos dois ídolos extracampo, Fernandão, que nasceu em Goiânia há 27 anos, se mostra mais extrovertido que Tevez, criado no violento bairro Fuerte Apache, em Buenos Aires, onde nasceu há 21 anos.
E mesmo evitando falar com a imprensa, o baixinho corintiano ainda é mais popular que o grandalhão colorado. O motivo disso é o forte trabalho de marketing que a MSI (Media Sports Investments), parceira dos paulistas, faz com Tevez, transação mais cara da história do futebol brasileiro -custou quase R$ 60 milhões. (EAR E KT)


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