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Diálogo é arma são-paulina no RJ
Contra provocações vascaínas, time se prepara até mesmo para "ajudar" juiz da partida de domingo
Jogadores mais experientes terão missão de "acalmar" ânimos e evitar que o árbitro gaúcho Leonardo Gaciba se confunda em São Januário
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O jogo de domingo contra o
Vasco, em São Januário, é considerado fundamental para a
conquista do Brasileiro. E o São
Paulo está se preparando para
ganhar do time carioca tanto na
bola como no grito.
A chegada ao estádio do Vasco já foi alardeada como um fator intimidador para os rivais.
Mas dentro de campo, os jogadores dizem estar vacinados
até em relação à arbitragem.
"Estou há uns dez anos dentro de campo e já conheço alguns juízes. Com o Gaciba
[Leonardo, juiz gaúcho que apita o jogo] dá para conversar melhor", disse o meia Jorge Wagner. Para ele, é natural o diálogo
entre atleta e juiz num jogo.
"Dentro de campo o árbitro
pode se confundir na marcação
das faltas e a gente está lá para
dar uma força", ponderou.
Jorge Wagner falou ainda da
função dos jogadores mais experientes. "Nossos homens de
defesa, até pela posição, falam
bastante para orientar o time e
ditar o ritmo. E quando a partida esquenta é natural que os
mais velhos cheguem para acalmar os ânimos. O Rodrigo, o
André Dias e o Miranda falam
muito. O Zé Luís também. Eu já
sou mais tranqüilo e prefiro entrar para apaziguar."
Um dos jogadores mais experientes do elenco são-paulino, o
meia Jorge Wagner disse que o
time está atento a todos os detalhes que cercam a partida.
"Temos jogadores que estão
acostumados a ganhar títulos e
disputar competições internacionais. O nosso time não se intimida com pressão", falou.
Lançado nesta temporada no
time titular do São Paulo, o volante Jean, de 22 anos, falou sobre o fato de lidar pela primeira
vez com a possibilidade de conquista de título.
"A ansiedade pelo fim do
campeonato é grande, mas temos dois times muito difíceis
pela frente [falou referindo-se a
Vasco e Fluminense, equipes
que tentam fugir do rebaixamento]. Como a distância para
o Grêmio é muito pequena, todos aqui falam em esquecer os
outros e fazer a nossa parte."
Mas se o fator casa vem sendo tão valorizado neste Brasileiro, atuar no estádio do adversário vem rendendo dividendos
ao volante são-paulino, que
anotou os seus dois gols no Nacional [contra Ipatinga e Botafogo] longe do Morumbi.
"Quando atuamos em nosso
estádio eu fico mais na marcação e os nossos meias saem para a armação. Mas quando
atuamos fora, eu apareço mais
como elemento surpresa."
No treino de ontem, o volante Zé Luís deu voltas no gramado e deve reforçar a equipe no
domingo. Ele ficou fora da última partida por causa de uma
pancada no joelho direito. Seu
retorno coincide com a saída do
zagueiro Rodrigo, que, suspenso, não enfrenta o Vasco.
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