São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008

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Diálogo é arma são-paulina no RJ

Contra provocações vascaínas, time se prepara até mesmo para "ajudar" juiz da partida de domingo

Jogadores mais experientes terão missão de "acalmar" ânimos e evitar que o árbitro gaúcho Leonardo Gaciba se confunda em São Januário


TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O jogo de domingo contra o Vasco, em São Januário, é considerado fundamental para a conquista do Brasileiro. E o São Paulo está se preparando para ganhar do time carioca tanto na bola como no grito.
A chegada ao estádio do Vasco já foi alardeada como um fator intimidador para os rivais. Mas dentro de campo, os jogadores dizem estar vacinados até em relação à arbitragem.
"Estou há uns dez anos dentro de campo e já conheço alguns juízes. Com o Gaciba [Leonardo, juiz gaúcho que apita o jogo] dá para conversar melhor", disse o meia Jorge Wagner. Para ele, é natural o diálogo entre atleta e juiz num jogo.
"Dentro de campo o árbitro pode se confundir na marcação das faltas e a gente está lá para dar uma força", ponderou.
Jorge Wagner falou ainda da função dos jogadores mais experientes. "Nossos homens de defesa, até pela posição, falam bastante para orientar o time e ditar o ritmo. E quando a partida esquenta é natural que os mais velhos cheguem para acalmar os ânimos. O Rodrigo, o André Dias e o Miranda falam muito. O Zé Luís também. Eu já sou mais tranqüilo e prefiro entrar para apaziguar."
Um dos jogadores mais experientes do elenco são-paulino, o meia Jorge Wagner disse que o time está atento a todos os detalhes que cercam a partida.
"Temos jogadores que estão acostumados a ganhar títulos e disputar competições internacionais. O nosso time não se intimida com pressão", falou.
Lançado nesta temporada no time titular do São Paulo, o volante Jean, de 22 anos, falou sobre o fato de lidar pela primeira vez com a possibilidade de conquista de título.
"A ansiedade pelo fim do campeonato é grande, mas temos dois times muito difíceis pela frente [falou referindo-se a Vasco e Fluminense, equipes que tentam fugir do rebaixamento]. Como a distância para o Grêmio é muito pequena, todos aqui falam em esquecer os outros e fazer a nossa parte."
Mas se o fator casa vem sendo tão valorizado neste Brasileiro, atuar no estádio do adversário vem rendendo dividendos ao volante são-paulino, que anotou os seus dois gols no Nacional [contra Ipatinga e Botafogo] longe do Morumbi.
"Quando atuamos em nosso estádio eu fico mais na marcação e os nossos meias saem para a armação. Mas quando atuamos fora, eu apareço mais como elemento surpresa."
No treino de ontem, o volante Zé Luís deu voltas no gramado e deve reforçar a equipe no domingo. Ele ficou fora da última partida por causa de uma pancada no joelho direito. Seu retorno coincide com a saída do zagueiro Rodrigo, que, suspenso, não enfrenta o Vasco.


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