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Calendário deve enxugar testes da seleção em 2009
Com pelo menos 11 jogos oficiais, time nacional tem só dois
amistosos, em data Fifa, garantidos na próxima temporada
Desde que assumiu equipe,
há 27 meses, técnico Dunga
comandou Brasil em 19
partidas preparatórias,
média de uma a cada 40 dias
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
Seja quem for o treinador da
seleção brasileira em 2009, ele
terá poucas oportunidades de
fazer testes na equipe.
Na próxima temporada, o time nacional terá pelo menos 11
jogos oficiais (podem ser 13).
Amistosos garantidos pelo calendário da Fifa são apenas
dois -esse número pode aumentar em novembro de acordo com o que acontecer nas eliminatórias para o Mundial.
Uma proporção muito diferente do que os treinadores da
seleção se acostumaram nas últimas décadas. A começar por
Dunga, que ontem comandaria
o time no último amistoso do
ano, contra Portugal, depois do
fechamento desta edição.
Esse jogo, apesar de ser
amistoso, ganhou importância
para Dunga diante da sinalização da CBF em ter Muricy Ramalho. Desde que assumiu o
cargo, há 27 meses, ele teve a
chance de colocar o time para
jogar em 19 amistosos, o que
praticamente significa um a cada 40 dias. Caso siga no comando da equipe em 2009, pode fazer só dois em 12 meses.
A "culpa" pela falta de jogos
para teste está no inchaço do
calendário de partidas oficiais
na próxima temporada.
Só pelas eliminatórias serão
oito partidas. Se terminar na
quinta posição, o Brasil ainda
teria que fazer duas partidas
por uma repescagem contra
um time da Concacaf.
Como atual campeã sul-americana, a seleção ainda vai
disputar a Copa das Confederações, na África do Sul, sendo
que apenas quatro dias irão separar, em junho, o jogo contra
o Paraguai, pelas eliminatórias,
do início da competição que
serve como preparação para o
próximo Mundial, onde o Brasil faz três jogos na primeira fase, além de uma eventual participação nas semifinais e final.
Isso significa que a seleção
vai ficar junta durante todo o
mês de junho, só que com muitos jogos e pouco tempo de descanso no final da temporada
pelos padrões europeus.
No próximo ano, todos os jogos como visitante pelas eliminatórias são complicados. O time nacional vai jogar nas casas
de Equador, Uruguai, Bolívia e
Argentina. No qualificatório
passado, o Brasil somou só dois
pontos jogando contra esses
adversários como visitante.
Dunga justifica o futebol
ruim da sua equipe justamente
pela falta de treinos e também
pelo desgaste das viagens no
qualificatório da Copa.
Ele ainda fala que precisa fazer muitos testes porque teve
de renovar o time que fracassou na Copa da Alemanha. Para
defender esse tese, comete até
exageros e erros.
"Do meu time atual, só o Lúcio e o Juan eram titulares absolutos em 2006. O Kaká não
jogava sempre", falou o treinador. Kaká nunca foi reserva no
Mundial da Alemanha-na verdade, desde 2005 era titular do
time montado por Carlos Alberto Parreira.
Gilberto Silva, outro que tem
status de titular na seleção sob
o comando do atual treinador,
também atuou como titular em
alguns jogos na Copa de 2006.
Dunga já adiantou que no
próximo ano vai trazer Ronaldinho, outro que era protagonista no fiasco da Alemanha, de
volta para a seleção principal.
O primeiro compromisso do
Brasil na próxima temporada
acontece em fevereiro, no
amistoso contra a Itália, em
Londres. Pelas eliminatórias, a
primeira partida do ano acontece no final de março, contra o
Equador na altitude de Quito.
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