São Paulo, sábado, 20 de novembro de 2010

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Com três rodadas para a definição do Brasileiro, corintianos repetem nas entrevistas discurso motivador de Tite e seu apego à cautela em campo

THIAGO BRAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cinco jogos bastaram para o elenco corintiano encampar o discurso de Tite.
Com simplicidade, fazendo o que jogadores gostariam que Adilson Batista tivesse feito e com um discurso peculiar, o técnico gaúcho recolocou o time do Parque São Jorge nos trilhos e o deixou a três partidas da conquista do quinto título nacional.
A sincronia entre os atletas é tanta que o discurso dos jogadores do Corinthians parece ter sido ensaiado. Focados, eles universalizaram as declarações nesta semana.
Ao falarem sobre o calor que será enfrentado pela equipe em Salvador, o meia Danilo e o capitão do time, William, foram taxativos.
"O calor atrapalha bem, mas o time que quer ser campeão tem que passar por cima de tudo isso aí", afirmou Danilo. "Por mais quente que esteja lá, a equipe que quer ser campeã tem que passar por cima disso", replicou o camisa 4 corintiano.
O goleiro Júlio César e o lateral direito Alessandro são outros dois que unificaram as ideias nesta semana.
"Para mim, o jogo mais difícil é sempre o próximo", falou o goleiro sobre a partida diante do Vitória amanhã.
"Para mim, é o mais chato e difícil porque é o próximo jogo. Não podemos colocar um peso a mais do que a gente já tem", repetiu, no mesmo dia, o lateral Alessandro.
Mais do que ter uma resposta sempre pronta -que virou até brincadeira na internet, com a criação de um site que é um gerador de entrevistas coletivas-, o treinador corintiano mostra que sempre está bem amparado nos seus argumentos.
Depois das reclamações por parte da cúpula cruzeirense após a vitória do Corinthians sobre os mineiros no último sábado por 1 a 0, Tite foi enfático para rebater as críticas dos mineiros.
"Pênalti duvidoso? Foi claro, foi muito claro. Volto a dizer, respeito o outro lado, mas só quero focar numa coisa: ninguém passa uma campanha dessa, com sete jogos sem vencer, quase no fundo do poço, e retoma o padrão sem trabalhar, sem mérito", fulminou o treinador.
Mas Tite reluta em dizer que a retomada aconteceu por causa do trabalho dele.
Apesar disso, o técnico reconheceu que, ao chegar para comandar o time no final de outubro, a confiança do grupo estava abalada.
Ele diz que hoje essa confiança foi restabelecida.
"Vocês têm uma condição de fazer uma avaliação melhor [sobre o trabalho dele no Corinthians]. Sem hipocrisia, tenho alguns méritos, mas cabe a vocês julgarem", falou Tite, esquivando-se mais uma vez do assunto.


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