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Evento expõe problemas em estádios
COPA-14
Em Nova York, Natal não mostra arena, e SP exibe o Morumbi
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
A proposta era apresentar,
em Nova York, os 12 projetos
de estádios para a Copa do
Mundo de 2014. Mas a 2014
Brazil World Cup Architectural Summit, que ocorreu entre quinta-feira e ontem, revelou só dez dos eleitos e alguns constrangimentos.
Anteontem, Christopher
Lee, do escritório Populous,
causou estranhamento ao
não mencionar a reforma da
Arena das Dunas, em Natal,
sob sua responsabilidade.
Em vez disso, preparou
apresentação sobre o estádio
idealizado para a Olimpíada
de Londres, em 2012.
Pelos corredores, comentava-se que a omissão se deveu ao fato de que o projeto
está sob risco de suspensão.
Lee minimizou a polêmica e
disse que se tratava de um
evento de design esportivo.
O estádio de Natal chegou
a ter suspensa a concorrência para a contratação da empresa construtora, depois de
o Ministério Público do Rio
Grande do Norte apontar falha no edital. O governo alterou o documento e foi autorizado a retomar o processo.
A arquiteta convidada a falar sobre a reforma do Maracanã, Cátia Castro, afirmou
que o projeto precisa de mudanças quase diárias para
conciliar as exigências da Fifa com o tombamento da estrutura externa do estádio.
O projeto, cujo orçamento
era de R$ 430 milhões, alcançou R$ 705 milhões devido às
ordens da Fifa e do COL para
mantê-lo como palco da final. A reforma, a ser financiada pelo governo, pode custar
25% a mais do que o valor licitado, segundo o edital.
Por fim, para representar
São Paulo, foi escolhido o escritório de Ruy Ohtake, responsável pelo projeto do Morumbi, já rejeitado pela Fifa.
O COL, o governo do Estado e a prefeitura paulistana
oficializaram a indicação do
estádio do Corinthians para a
abertura da Copa. A decisão
depende de chancela da Fifa.
Segundo a organização,
Anibal Coutinho, autor do
projeto corintiano, recusou
convite para representar São
Paulo em Nova York.
"Ele disse que o Corinthians não queria assumir a
responsabilidade de aparecer oficialmente como o estádio da Copa", falou à Folha
Marcos de Souza, da Mandarim Comunicação, que fez os
convites aos arquitetos.
"Como o escritório do Ruy
Ohtake desenvolveu um trabalho de longo prazo, e o projeto estava completo, embora
vetado pela Fifa, achamos
que isso fazia parte da história dos preparativos."
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